tag:blogger.com,1999:blog-8659737247434095642024-03-08T13:46:46.874-08:00Contos Cotidianos do dia a diaTiago Cervohttp://www.blogger.com/profile/05142097480137875033noreply@blogger.comBlogger19125tag:blogger.com,1999:blog-865973724743409564.post-41579661036821977492009-06-28T14:09:00.000-07:002009-07-05T07:34:52.922-07:00A Casa da Árvore<div><a href="http://3.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SlC5nPewBwI/AAAAAAAAAT4/8IaPjCauEas/s1600-h/0,,14720507-EX,00.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5354984040765064962" style="margin: 0px 10px 10px 0px; float: left; width: 320px; height: 214px;" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SlC5nPewBwI/AAAAAAAAAT4/8IaPjCauEas/s320/0,,14720507-EX,00.jpg" border="0" /></a><br /><div><div><div style="text-align: justify;">Quem nunca sonhou com uma casa na árvore, toda criança um dia já quis ter uma. E eu tambem já quis ter, e tinha amigos que compartilhavam da mesma vontade; e é assim que começa o conto de hoje.<br /> Não sei exatamente em que ano, eu devia ter por volta de 13 ou 14 anos, estava de férias da escola, e não tinha absolutamente nada pra fazer, éramos por volta de 15 vagabundos( vulgos amigos), que estavam sem ter lugar pra viajar e entediados. Eu na minha infância tinha muitos amigos, independente de nos gostarmos de fato éramos amigos.Não sei exatamente quem foi que teve a idéia, mas aquilo cresceu no meio da galera com força total; vamos ter uma casa na árvore.<br />A idade média dos organizadores da façanha, era basicamente a minha, ninguem tinha noções de engenharia, e não fazíamos idéia de como iniciar o projeto. Felizmente eu morava em um lugar bem fornecido de árvores, elas estavam por todo lado, e eram favoráveis à construção de uma casa nelas; mas não pensem que por isso seria mais fácil trabalhar, hoje eu penso que seria melhor até que essas árvores não estivessem lá, pois aí não teríamos esperança e nem teríamos tentado.<br />Cogitamos fazer uma vaquinha e comprar uma dessas pré-fabricadas, mas isso ia custar uma fortuna, e logo essa opção foi descartada. A segunda opção era tentar fazer de qualquer jeito e ver com fica; pareceu bem mais interessante. Novamente uma condição favorável surgiu, uma obra tinha começado perto de onde morávamos, e material de construção estava sempre sendo deixado de lado, e nós nos aproveitamos disso, conseguiamos madeira, pregos tortos, escadas velhas, coisas que os operários da obra iam jogar fora, e nós aproveitávamos; mas não pense que era só lixo, eles jogavam bastante coisa boa fora, tábua inteiras de madeira, até tinta nós conseguimos.<br />Na mesma semana que os recursos começaram a aparecer nós começamos as obras, escolhemos as árvores que pareciam mais sólidas no solo e começamos a levar tudo pra cima. Foi um período extremamente frustante, as obras começavam, vinha a chuva e estragava tudo o que nós tinhamos feito, e tinhamos que trabalhar pra reparar o que a chuva tinha estragado. Os nossos "operários-mirins" geralmente eram proibidos pelos pais de continuar trabalhando, e muitas vezes foram tirados do canteiro de obras na marra mesmo.<br />Antes de ser ter qualquer coisa pronta já se iniciavam os conflitos de poder, muitos não se gostavam, e o grupo estava ameaçando a ruir por disputas internas. Quem iria usar a casa depois de pronta ia ser um grande problema, as diferenças entre os que estavam dando o sangue na obra estavam começando a aparecer. Mas mesmo assim todos igonoravam o que ia acontecer e trabalhavamos juntos, mesmo existindo o conflito de influência.<br /><div style="text-align: justify;">E depois de muitas lágrimos( martelei meu dedo váias vezes), suor, gritos e frustações, a base da casa ficou pronta, era uma merda, fazia barulho quando se andava nela, e não parecia nada seguro, mas isso seria consertado com algum reforço na estrutura. Tenho certeza de que violamos diversas regras básicas de engenharia, arquitetura, física, agronomia, psicologia, oceanografia, astrologia dentre outras áreas de conhecimento, mas finalmente tinhas o nosso solo, e não precisávamos mais andar ao nível dos menos desenvolvidos.<br /></div>Um dia, foi o tempo que eu aproveitei da casa ( na verdade nunca chegou a ser uma casa), pois uma tempestade muito forte se iniciou e derrubou muitas árvores das redondezas, inclusive uma das que eram usadas como sustentação da casa, depois desse dia a vontade se foi por completo, por uma dia todos nós tinhamos vivido como seres superiores e agora estávamos de volta andando no chão, isso acabou com a motivação de qualquer um. Ainda aconteceram várias tentativas menores de reconstrução, mas nenhuma vingou de verdade, a maioria dos "operários-mirins" tinha perdido as esperanças, e alguns poucos não iriam conseguir levantar o sonho de novo.<br /><br /><br /></div><div></div>E a lição é: " Trabalhe até quando ainda existir esperança" </div></div></div>Tiago Cervohttp://www.blogger.com/profile/05142097480137875033noreply@blogger.com27tag:blogger.com,1999:blog-865973724743409564.post-56868859791983985812009-06-18T15:18:00.000-07:002009-06-19T16:34:52.841-07:00"Porradinha"<a href="http://1.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SjwfqSvdaII/AAAAAAAAATQ/O_uHzFoTZ54/s1600-h/final+fight.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5349185268855171202" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 180px; CURSOR: hand; HEIGHT: 255px" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SjwfqSvdaII/AAAAAAAAATQ/O_uHzFoTZ54/s320/final+fight.JPG" border="0" /></a><br /><div><div><br /><div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5349184763198357842" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 235px; CURSOR: hand; HEIGHT: 154px" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SjwfM3BewVI/AAAAAAAAATI/mQ5huR2LrHw/s320/19102_briga1a.jpg" border="0" />É sempre assim, eu fico um tempão sem postar merda nenhuma e de uma hora para a outra eu ressurjo das cinzas com uma historinha nova. Não vou <a href="http://1.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/Sjwe5-zbtZI/AAAAAAAAATA/YcJFK81UTc4/s1600-h/19102_briga1a.jpg"></a>pedir desculpa pra quem ainda lê o "cc", até porque acho ninguem mais vem aqui.<br /><br />Vou voltar no tempo, na época que ainda era um pequenho menino, cheio de sonhos, cheio de esperança nessa mundo( continuo tendo sonhos). Eu devia estar na 6° ou 7° série, não tinha nada a perder, ia todos os dias pra escola para não fazer nada educacionalmente produtivo, sempre arruma alguma coisa pra me ocupar nos intermináveis minutos de aula. E foi nesse ócio escolar que eu e alguns amigos bolamos a mais divertida de todas as brincadeiras da escola, a "porradinha", hoje em dia acho que aquilo era meio parecido com o filme "Clube da Luta", retardados aos montes se juntavam pra bater uns nos outros.<br /><br />Muitos devem estar pensando:<br /><br />"_ Que cara retardado!"<br />"_ Eu jamais faria uma merda dessas"<br />"_Que foda, queria ter te participado"<br />"_ Homens são uns trogloditas, só sabem se agredir"<br /><br />Mas o que eu tenho a dizer é quer era muito legal, experimente pelo menos uma dia estar no meio de mais de 15 pessoas dando socos e chutes pra todo lado e você irá me entender. Todos os dias depois da aula, os participantes se juntavam num gramado extenso na escola, e por cerca de 10 minutos aquilo se tornava o coliseu de roma. Gente apanhando, gente olhando, gente rindo, tinha todo tipo de pessoa participando, e isso foi ganhando proporções grandiosas demais para meninos da 7° série administrarem, a organização começou a falhar e a famosa "porradinha" passou a ter vida própria, muita gente de outras séries e de outros turnos começaram a participar, pessoas estavam começando a se machucar, até que foi proibida pela direção( não que já não fosse proibido antes, mas agora eles fiscalizavam os lugares de encontro).<br /><br />A "porradinha" passou a ser uma atividade praticada na surdina, e pra confessar eu passei a ter medo de entrar, começou a ficar sério demais, e na maioria das vezes as lutas não terminavam dentro do ringue. E na minha aposentadoria das arenas resolvi investir em uma última luta, e essa foi ganhando proporções grandiosas( não por minha causa, é claro) , afinal voltariamos às origens do gramado, mesmo sob fiscalização da diretoria que poderia aparecer e acabar com a graça.<br /><br />Naquele fim de aula todos se reuniram e assim começou, foi muito divertida, bati e apanhei muito, até que se iniciou um tumulto nos arredores da platéia, eram os inspetores que iriam levar qualquer um que estivesse "se porrando". Não sei como, mas quase todos da platéia desapareceram como fumaça, e sobraram somente os que estavam lutando. Iniciou-se uma verdadeira correiria, todos se espalharam e os poucos que continuaram foram capturados.<br /><br />Consegui correr com alguns amigos, mas os inspetores continuavam a captura pelos corredores da escola, e não era difícil identificar os que participaram da brincadeira, eu por exemplo estava sujo da cabeça aos pés de terra, cheio de grama pelo corpo, e arranhado em alguns pontos. Parecia não ter escapatória, íamos ser punidos. Até que um dos que estavam comigo teve a idéia:<br />_Esperar o sinal de saída das outras turmas e sair junto deles, disfarçado na multidão.<br /><br />Não teve erro, quando o sinal bateu, todos fomos nos juntar às outras turmas que iam embora e fomos sem maiores problemas. Nunca mais voltei a participar disso, e depois de alguns meses de clandestinidade a "porradinha" foi extinta por completo. Poucas foram as vezes em que ouvi falar da atividade depois daquele ano, acredito que nem exsta mais na minha antiga escola.<br /><br />E a lição é: " Viva a vida, mesmo que isso signifique tomar alguns socos" </div></div></div>Tiago Cervohttp://www.blogger.com/profile/05142097480137875033noreply@blogger.com30tag:blogger.com,1999:blog-865973724743409564.post-92065033329886967212009-03-07T10:06:00.000-08:002009-03-07T11:03:34.135-08:00Cagada do Destino<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SbLEcYkWfSI/AAAAAAAAASg/fXEpItQutG8/s1600-h/id2247img2.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 207px; height: 180px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SbLEcYkWfSI/AAAAAAAAASg/fXEpItQutG8/s320/id2247img2.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5310522902533537058" border="0" /></a><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SbK8l2SLAGI/AAAAAAAAASY/YvGa8a8mRpw/s1600-h/starwars.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 215px; height: 277px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SbK8l2SLAGI/AAAAAAAAASY/YvGa8a8mRpw/s320/starwars.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5310514269036150882" border="0" /></a><br /><br />Esse episódio foi e ainda é um dos mais cômicos da minha vida, mas é engraçado pra quem lê, pra quem viveu foi o terror.<br /><br />E começa na sala de aula no 3° ano, já às portas da formatura, contando os dias pra acabar. Sempre tive, e até hoje tenho amigos bem loucos, gente que devia estar internada em um sanatório, mas por obra do acaso estão à solta por aí.<br /><br />E uma das coisas divertidas que nós encontravamos pra fazer durante as aulas finais era desafiar a corajem um dos outro, como? Eu explico, derrepente alguem trás desodorante pra sala e quer ver quem consegue espirrar isso nos olhos... coisas bem estranhas, mas que provocam boas risadas.<br /><br />E em uma dessas aulas, eu ponho a mão debaixo de minha carteira e encontro o que até hoje eu não sei o que era, uma massa meio cinza, cheia de impurezas da mesa que se acumularam por muito tempo, cheirava mal, e não parecia nem ser da terra. Encontro a maneira de desafiar os loucos a comer aquela bosta.<br /><br />As primeiras perguntas foram:<br />_ Mas que porra é essa?<br />_ De onde saiu essa merda?<br /><br />Expliquei que não sabia o que era, nem se era comestível. Todos tremeram na base, uma coisa é brincar, mas aquilo poderia até desafiar a vida do infeliz que comesse. Ninguem quis arriscar, ameaçaram jogar fora, disseram que era maluquice, e no fim das contas o desafio se virou pra mim.<br /><br />Eu deveria comer primeiro pra saber se tinha pelo menos, gosto bom, ou se não era tóxico. Não sei como esperavam que eu fizesse essa análise só por comer. A princípio não quis, disse que não, bati o pé, fiz birra, ameaçei vomitar e nada, todo mundo queria saber o que diabos era aquela merda, mas ninguem queria comer.<br /><br />No fim das contas tirei um pedaço e comi, tinha gosto de queijo velho, não gostei e joguei o resto fora. Depois de analizar a situação pensei.<br /><br />" Eu posso morrer, mas que merda, porque eu fiz isso? Ah, na pior das hipóteses vai me dar uma diarreira braba."<br /><br />Continuei minhas atividades, e parei de pensar nisso. Perto do sinal da saída começaram os sintomas:<br /><span style="font-size:180%;"><span style="font-weight: bold;">.</span></span> Suor frio;<br /><span style="font-size:180%;"><span style="font-weight: bold;">.</span></span> Ânsia de vômito;<br /><span style="font-size:180%;"><span style="font-weight: bold;">. </span></span>Calafrios;<br /><span style="font-size:180%;"><span style="font-weight: bold;">. </span><span style="font-size:100%;">Vontade de cagar;</span></span><br /><span style="font-size:180%;"><span style="font-weight: bold;">.</span></span> Fortes dores na barriga.<br /><br />Contei os segundos pra tocar o sinal e voar pra casa, os segundos se estenderam ao máximo até que a aula terminou. Joguei meu material na mochila e parti em disparada pela porta, e já perto do portão ouço alguem me chamar. Me viro e vejo, quem estava me chamando era uma menina linda, que estava fazendo um trabalho( não me lembro do que), e queria a minha ajuda. Disse que estava atrasado e tinha que ir embora, ela ignorou isso e começou a falar compulsivamente.<br /><br />Pela minha cabeça passavam milhares de coisas, se eu cortasse ela e fosse embora acabaria com qualquer chance futura com ela, se ficasse alí iria cagar lá mesmo e acabaria com qualquer chance futura com ela. Tentei me concentrar no que ela me perguntava, mas minha cabeça ficava cada vez mais vazia, mais leve, e meu corpo quase parecia que ia voar. Quando não podia mais aguentar, a vontade de cagar se tornou a unica coisa em que eu conseguia pensar, não adiantava continuar fingindo interesse.<br /><br />Disse que tinha que ir, e fui embora. Olhei pra trás e lá estava ela me olhando, fiz um gesto com os braços dizendo que não podia fazer nada, tinha que ir embora. Cheguei em casa, cagei muito mal, e me senti um novo homem, tudo voltou ao normal e quase consegui ficar feliz. Não fosse o fato de ter deixado a menina sozinha teria sido muito melhor.<br /><br />Depois fiquei pensando que aquilo poderia ter acontecido em qualquer dia, mas porque logo quando ela precisava de mim, comecei a acreditar no destino, afinal é mais fácil achar que eu não tive o controle da situação. Ela nunca mais falou comigo, e eu voltei às maluquices com os meus amigos.<br /><br />E a lição é:<br />"Cuidado com o que você come, você pode estar desperdiçando uma chance única."Tiago Cervohttp://www.blogger.com/profile/05142097480137875033noreply@blogger.com16tag:blogger.com,1999:blog-865973724743409564.post-41348726306965659312009-02-05T06:46:00.000-08:002009-02-05T07:55:10.568-08:00Ringue da vida<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SYr_0yX0BMI/AAAAAAAAARY/HXh1cIUTdLw/s1600-h/rocky-4.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 316px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SYr_0yX0BMI/AAAAAAAAARY/HXh1cIUTdLw/s320/rocky-4.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5299329193894741186" border="0" /></a>Sou um cara que preserva a paz acima de muitas coisas, evito confrontos diretos a todo custo. Mas em certos momentos isso é inevitável, é partir pra cima e "sair na porrada", ou viver com o rabo entre as pernas, apenas ouvindo.<br /><br />E essa história começa assim, eu, com meus 16 anos, revoltado com tudo, todos me ameaçavam de alguma forma, e eu tentava a todo custo me impor no mundo. A escola era um saco, os professores uns malas, e sempre tem aquele almofadinha da sala que acha que sabe de tudo, que sempre responde bem ao professor, e até hoje eu não sei, mas esse tipo de pessoa me tira do sério muito fácil.<br /><br />Esse cara era um escroto de marca maior, se vestia bem, falava bonito, era educado, e um falso. Desde o dia em que eu o ví, soube que iamos ter problemas no futuro. Nunca fui burro, mesmo não gostando da escola, eu ia bem nas provas, e era entendido nas matérias. E esse cara talvez tenha se sentido incomodado por mim, e tambem não ia com a minha cara.<br /><br />Certo dia, depois de alguns desentendimentos, ficou decretado que seriamos desafetos eternos. Sempre tive muita gente que não gostava de mim, isso nunca me incomodou, as vezes precisamos de bodes espiatórios pros problemas do dia a dia, e algumas vezes esse era eu.<br /><br />Como todo confronto, existe um limite entre a paz e a guerra. E naquele dia o cara passou esse limite. Estava eu, cuidando da minha vida, fazendo os trabalhos escrotos da escola na sala, esse cara aparece, fala um monte de besteiras e rasga algumas folhas do que eu escrevia. Até hoje eu não sei o motivo disso.<br /><br />Discutimos na sala e ficou decidido:<br /><br />"_ Te pego na saída "<br /><br /><br />A notícia se espalhou pela escola como fogo em palha seca, todos sabiam que o almofadinha tinha arrumado confusão. No fim da aula e já tinha gastado alguns minutos pensando em estratégias de combate, quais os pontos em que os socos e chutes doem mais. E o principal, caso eu estivesse na pior, rotas de fuga(haha).<br /><br />Chegando ao portão principal encontrei muita gente, pessoas de outros turnos, de outras séries, parecia uma rinha de galo. Como Rocky e Ivan Drago em "Rocky IV" chegamos ao centro da roda, muita gente olhando, muita gritaria, e muita preção, o perdedor alí seria humilhado frente a escola toda. E eu não queria esse vergonha na minha ficha.<br /><br />Começou, um cisca pra lá, o outro joga a mochila no chão, e partimos pra dança. Dando socos, tomando socos, fugindo, atacando, pulando, correndo e me abaixando, e depois de 5 minutos chegou o fim, ele abriu a guarda e eu entrei com o golpe final, um cruzado de direita direto nas têmporas, ele cambaleou, andou pro lado, e saiu da roda.<br /><br />Eu venci, desafiei e venci. Claro que depois de alguns dias, voltei a ser esquecido, ninguem mais se lembrava do vencedor da semana anterior, e mesmo que lembrassem, que diferença faria?<br /><br /> E a lição é: " Aprenda os momentos de atacar e fugir"Tiago Cervohttp://www.blogger.com/profile/05142097480137875033noreply@blogger.com20tag:blogger.com,1999:blog-865973724743409564.post-77454614195978578182009-01-18T05:41:00.000-08:002009-01-18T07:37:49.903-08:00Cine no meio do nada<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SXM5Hj84BdI/AAAAAAAAAPc/UPHutf3wHGc/s1600-h/movie.JPG"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 200px; height: 132px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SXM5Hj84BdI/AAAAAAAAAPc/UPHutf3wHGc/s200/movie.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5292636789162902994" border="0" /></a><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SXM30k832JI/AAAAAAAAAPU/BrflLLFNo3U/s1600-h/ponto.JPG"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 214px; height: 173px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SXM30k832JI/AAAAAAAAAPU/BrflLLFNo3U/s320/ponto.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5292635363502184594" border="0" /></a>Adoro ir ao cinema e ver um bom filme, mas infelizmente no local aonde moro, não existem cinemas nas redondezas, tenho que pegar no mínimo 2 conduções pra encontrar um decente. E alguns filmes merecem uma ida ao cinema, mesmo que isso custe muita dor de cabeça e tempo de deslocamento. O filme que todos queriamos ver era "O Ilusionista", um filme muito bom por sinal, quem tiver oportunidade assista.<br /><br /> Descobrimos um cinema não muito longe daqui e decidimos ir ver se era bom. Eu não conhecia o lugar, mas sabia chegar. Fomos e descobrimos um cinema muito bom, cadeiras confortáveis, preço justo pela entrada, refrigeração ruim, mas nada que incomode. Pagamos a entrada e fomos para a sala, e como todo arruaceiro que se presta chegamos fazendo bagunça ( o filme ainda não tinha começado), chegamos falando alto e reclamando da vida, algumas pessoas não gostaram e nos olharam feio, mas quem se importa... haha.<br /><br /> Vimos o filme que eu já disse, é bom e decidimos ir embora. Chegamos no ponto e os outros vagabundos me perguntaram qual ônibus tomar, eu disse não saber, veja bem... eu sabia chegar lá, voltar são outros 500. Todo mundo ficou puto, mas não podiam me culpar, eu não disse que sabia voltar. Perguntamos pra alguns pinguços num bar sobre qual condução tomar, nenhum deu informação que ajudasse, voltamos à estaca zero... pra se ter idéia nem o nome do lugar eu sabia, mas sabe-se lá como eu consegui chegar lá.<br /><br /> Enfim o dono do bar disse que tinha um ponto de ônibus no fim da rua, e fomos até lá. O tal ponto de ônibus era uma praça mal iluminada e cheia de drogados e mendigos, duvido que aquilo fosse um ponto de ônibus de verdade. Esperamos um pouco e nenhum ônibus passou, já eram mais de 22 horas e o lugar estava ficando deserto, não parecia nem um pouco amistoso que dirá seguro.<br /><br /> Depois de já praticamente perder as esperanças de sair daquele buraco parou na rua uma kombi totalmente arrebentada, com um motorista totalmente maltrapilho, e perguntou se nós estávamos indo pro tal lugar onde se pega ônibus. Discutimos a respeito do motorista e decidimos que ele não era confiável, mas estávamos ficando preocupados, já eram mais de 23 horas e não tinha passado nada parecido com um coletivo.<br /><br /> E fomos com o sujeito estranho mesmo, violando todas as minhas regras entrei na kombi, cheirava mal e não parecia nada segura, mas era nosso passaporte pra liberdade. Depois de muito chão, finalmente chegamos num ponto final, ou coisa do tipo, e lá ficamos esperando uma condução. Não sei o motivo, mas os vagabundos iniciaram uma discução braba, dessas de se gritar e tudo, e era mais ou menos assim:<br /><br /><blockquote>_ Presta atenção nessa porra, senão agente vai ficar mofando nessa merda. dizia um<br />_ Calma, agente já chegou na ponto, agora é só esperar. Dizia outro<br />_ Calma é o c*a%$r#alho, eu já me cansei dessa merda. Dizia o um<br />_ Então vai se f*u#@der, para de gritar. Dizia o outro<br />_ Eu não tô gritando, é essa música que tá muito alta. Dizia o um<br />_ Que música? não tem música nenhuma. dizia o outro.</blockquote><br /> Ninguem descobriu qual era a tal música, na verdade música alguma estava tocando, até hoje achamos que o "um" ficou louco . Pegamos a tal condução( essa eu conhecia), fomos todos pra casa, já sem vestígios da discução. Nâo sei ainda que diabos era aquele lugar, mas nunca mais fomos naquele cinema.<br /><br />E a lição é:<br />1°- " Somente vá a lugares dos quais você sabe voltar"<br /><br /><span style="font-weight: bold;"><span style="color: rgb(255, 0, 0);">Ps:</span></span> <span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="font-weight: bold;">Recentemente recebi um e-mail de uma leitora daqui( que não se identificou), me dizendo que as minhas liçoes eram estúpidas e que eu estaria tentando empurrar filosofia barata pras pessoas. Espero que essa pessoa nunca mais volta aqui, minhas lições, são as coisas que eu aprendo nas minhas estrepolias da vida. Se vocês acham que elas não valem nada, me desculpem, é só falar e eu paro de publicar. Só acho que é uma forma divertida de encarar as cagadas que me acontecem.</span></span>Tiago Cervohttp://www.blogger.com/profile/05142097480137875033noreply@blogger.com33tag:blogger.com,1999:blog-865973724743409564.post-77271273970817538652009-01-14T06:20:00.000-08:002009-01-14T06:49:58.857-08:00Praia, sol e diversão<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SW37f_0UOvI/AAAAAAAAAN8/ml26FJxdmOE/s1600-h/imagem.JPG"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 200px; height: 128px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SW37f_0UOvI/AAAAAAAAAN8/ml26FJxdmOE/s200/imagem.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5291161664355580658" border="0" /></a>
<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SW34gcegUmI/AAAAAAAAANs/hI_sgSjUnSQ/s1600-h/onthebeach.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px; height: 200px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SW34gcegUmI/AAAAAAAAANs/hI_sgSjUnSQ/s200/onthebeach.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5291158373513843298" border="0" /></a><p class="MsoNormal"><meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 11"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 11"><link rel="File-List" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CTIAGOC%7E1%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} @page Section1 {size:612.0pt 792.0pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:36.0pt; mso-footer-margin:36.0pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--><meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 11"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 11"><link rel="File-List" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CTIAGOC%7E1%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} @page Section1 {size:612.0pt 792.0pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:36.0pt; mso-footer-margin:36.0pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--> </p><p class="MsoNormal"><span style=";font-family:Arial;font-size:100%;" >No meio do verão, aqui no rio tem feito muito calor, hoje por exemplo deve estar perto dos 40°, e me lembrei de uma boa estória.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style=";font-family:Arial;font-size:100%;" >O Rio de Janeiro tem lindas praias, basta saber procurar. Não preciso ir muito longe para encontrar areia e água, e como todo carioca que se preze eu adorava praias, mas veja bem “adorava”. Quando estava terminando o ensino médio, quase todos estavam procurando vestibulares, as melhores faculdades, ou simplesmente empregos; eu não, tinha outros planos e não envolvia fazer provas naquele ano( fica pra outra postagem esses planos). Juntei-me a outros vagabundos e decidimos ir à praia em um feriado escolar, decisão totalmente equivocada.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style=";font-family:Arial;font-size:100%;" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style=";font-family:Arial;font-size:100%;" >Fomos à praia de Ipanema, era um dia de bastante sol, muita gente bonita e muita gente feia também( esse é uma dos problemas de qualquer lugar, dividir ambiente com gente feia e gente bonita, haha). Chegamos bem cedo não deviam ser nem 8 horas da manhã, o dia prometia muito sol. Nadamos, tomamos caixote, andamos pela areia, andamos pelo calçadão, fizemos amigos de praia( gente que você só conhece por no máximo 1 dia, e mesmo assim só na areia) e pegamos muito sol. Não vou dizer que estava ruim, muito pelo contrário, é difícil hoje em dia eu me divertir tanto quanto naquela época, nenhuma preocupação, a escola não me dava problemas( quase sempre tinha boas notas, que me permitiam não precisar enfiar as caras no livro o tempo todo), o ar era mais puro, os dias mais claros, os sons mais doces. Quando tento me lembrar dessa época de vagabundagem me dá até vontade de chorar... hahaha.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style=";font-family:Arial;font-size:100%;" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style=";font-family:Arial;font-size:100%;" >Mas voltando à praia, ficamos por lá muitas horas, era quase 4 horas da tarde e decidimos ir embora, pegamos um ônibus e fomos pelo caminho da roça de volta pra casa. Nem preciso dizer que estava vermelho como um camarão ( sou bem branco), minha pele ardia como se fosse cair, parecia que eu tinha sido descamado. O simples toque do tecido da camisa era como se me enfiassem facas, sentar então... só com as costas bem longe do encosto do banco.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style=";font-family:Arial;font-size:100%;" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style=";font-family:Arial;font-size:100%;" >Chegando em casa a dor piorou, acho que a sensação de alegria foi embora. Fiquei por dias não conseguindo sequer dormir em paz, tinha que por gelo nas costas para desfrutar alguns minutos de alívio. Peguei um terror tão grande do sol que nunca mais fui à praia, e isso faz 3 anos, só de lembrar da dor perco a vontade de encarar a praia totalmente. Hoje, analisando a situação percebo a irresponsabilidade que eu tive de tomar tanto sol, mas fazer o que errando se aprende.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style=";font-family:Arial;font-size:100%;" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style=";font-family:Arial;font-size:100%;" >E a lição é:<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style=";font-family:Arial;font-size:10;" ><span style="font-size:100%;">1°- “A dor é o melhor professor”</span><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style=";font-family:Arial;font-size:10;" ><o:p> </o:p></span></p> <p></p> <p class="MsoNormal"><span style=";font-family:Arial;font-size:10;" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style=";font-family:Arial;font-size:10;" ><o:p> </o:p></span></p> <p style="text-align: left;font-family:courier new;" class="MsoNormal"><span style="font-size:10;"><span style=";font-family:arial;font-size:100%;" ></span><o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:courier new;" class="MsoNormal"><span style="font-size:10;"><o:p> </o:p></span></p> Tiago Cervohttp://www.blogger.com/profile/05142097480137875033noreply@blogger.com33tag:blogger.com,1999:blog-865973724743409564.post-57438456820087816792009-01-10T05:40:00.000-08:002009-01-11T06:26:31.966-08:00Rock Porrada<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SWioY3bLbNI/AAAAAAAAANE/1-E6ZKGQOxs/s1600-h/bloodstain-main_Full.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 190px; height: 158px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SWioY3bLbNI/AAAAAAAAANE/1-E6ZKGQOxs/s200/bloodstain-main_Full.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5289662907494919378" border="0" /></a><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SWioK9LBLgI/AAAAAAAAAM8/qIM5pNt7fpY/s1600-h/crowdsurfingwheelchaircky3.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 234px; height: 159px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SWioK9LBLgI/AAAAAAAAAM8/qIM5pNt7fpY/s320/crowdsurfingwheelchaircky3.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5289662668519583234" border="0" /></a>Gosto muito de rock, sempre que posso eu ouço meus cd's antigos, ouvir um bom Pink Floyd, AC/DC, Iron Maiden. Existe um sub-gênero dentro do rock que sempre existiu e eu nunca fui muto fã e é o mais pesado, normalmente isso não se canta, se urra, e geralmente nos shows dessas bandas as coisas ficam feias, e é assim que começa a história de hoje.<br /><br />Faz algum tempo fui chamado por uns amigos para ir a um show de umas bandas cover(imitam as bandas reais), já tinha ido outras vezes e sabia do que se tratava, geralmente a música é ruim, mas niguém se preocupa com isso, a intenção é pular e dar porrada nos outros, e mesmo sabendo disso eu fui.<br /><br />Logo chegando ao local do show( um clube antigo), ví pessoas das mais estranhas aparências, gente pintada de várias cores, usando roupas estranhas e falando estranho, mas eu estava com meus amigos e não me preocupei, ao entrar no clube reparei em 2 coisas:<br /><br />1°- Os seguranças não eram dos mais fortes, e que não iriam controlar cosa alguma no show.<br /><br />2°- Ao ser revistado percebi na mesa de "apreenções" uma faca e várias coisa de ferro, temi que alguém tivesse entrado com algum objeto daqueles sem os seguranças perceberem.<br /><br />Mas estava tudo bom, a música era ruim, muito alta( é assim mesmo), e estava me divertindo com meus colegas. Eu estava no segundo andar do clube e pude observar no primeiro andar focos de rodas de gente se batendo( já conhecia isso, mas não me lembro o nome que tem nas ruas), parecia divertido, todo mundo pulando, dando e recebendo golpes de todos os lados.<br /><br />Lá pelas tantas da noite resolvi entrar na roda, fomos todos pra dentro da roda, é impressionate, porrada de todos os lados, você dá chutes e toma cotoveladas e pula e dá socos, estava me divertindo bastante, as mulheres que vierem a ler isso talvez não entendam, mas o prazer de dar um soco em alguem no meio da adrenalina é muito incrível, experimentem.<br /><br />Tivemos uma pausa entre as músicas e fomos ver os ferimentos, niguém muito debilitado, todos ainda dipostos a bater muito. Começou a música e voltou a pancadaria( não me lembro o que estava tocando, até porque não importa), e eu voltei a bater e apanhar, mas aí as coisas ficaram ruins.<br /><br />No meio dança(porradaria), dei um soco em alguém que não deve ter gostado, e depois de alguns movimentos fui atingido por um cotovelo direto no meu nariz, um golpe cinematográfico. Comecei a sentir sangue e decidi sair da roda, mas é como a gravidade que te puxa para o centro, sempre tem um que quer te puxar pro meio, mas depois de muito esforço consegui sair.<br /><br />Fui avaliar os estragos no banheiro, não parecia ter quebrado, conseguia respirar e o sangramento tinha estancado, só estava inchado. Acabou a música e meus amigos vieram me procurar, e eu estava parado no segundo andar com minha camisa( branca) coberta de sangue, e o pior eu estava sorrindo, nos piores momentos é que agente se diverte.<br /><br />Ouvimos mais algumas músicas e fomos embora, ao alcançar a rua percebi minha audição afetada( o som estava muito alto) e a adrenalina indo embora( meu nariz começou a doer). Fiquei por dias com a audição ruim, mas tudo voltou ao normal depois, e acho que não volto mais pra esses shows, é violento demais.<br /><br />E a lição é:<br /><br />1°- " Aproveite a vida, um dia você vai estar velho e vai se arrepender se ficar parado hoje"<br />2°- "Não realize essas proezas sem o acompahamento de um profissional treinado"Tiago Cervohttp://www.blogger.com/profile/05142097480137875033noreply@blogger.com18tag:blogger.com,1999:blog-865973724743409564.post-86524043854613475532009-01-04T04:33:00.000-08:002009-01-04T05:12:03.978-08:00O bundão das quadras<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SWCtVX7O7hI/AAAAAAAAAMs/plwK6kytmD0/s1600-h/john-mcenroe-400.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 144px; height: 200px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SWCtVX7O7hI/AAAAAAAAAMs/plwK6kytmD0/s200/john-mcenroe-400.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5287416545244278290" border="0" /></a><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SWCtIH-l6lI/AAAAAAAAAMk/pkEFsHsa6H8/s1600-h/ana-ivanovic.JPG"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 179px; height: 242px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SWCtIH-l6lI/AAAAAAAAAMk/pkEFsHsa6H8/s200/ana-ivanovic.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5287416317625100882" border="0" /></a>Pouca gente por aqui sabe, mas eu jogo tênis a muitos anos, participei de alguns torneios quando era mais novo( nunca ganhei 1), e modestia a parte, jogo bem. Quem já participou de qualquer competição sabe que o fato de você ser bom é o menos importante em quadra, tudo importa, sua cabeça(principalmente), e até sua sorte no dia. E de um desses torneios que participei eu me recordo bem.<br /><br />Eu devia ter por volta de 15 anos, estava doido para ganhar meu prmeiro campeonato, treinava quase todos os dias, sentia-me confiante na partida daquele dia. Meu pai/treinador/patrocinador/preparador físico/pisicólogo, estava comigo, junto do resto da minha equipe. Esse torneio tinha um pouco de peso no círculo de tenistas que eu frequentava, e ganhar aquele troféu seria importante para mim, não estava preocupado com o adversário daquele dia( era um bundão qualquer), meu verdadeiro algoz era outro competidor, e esse com certeza iria até a final( e foi mesmo, até ganhou o torneio).<br /><br />Cheguei no clube com pompa de jogador profissional, os organizadores da competição conheciam meu pai, e eu estava por dentro de tudo que acontecia. Faltando pouco tempo para o início do jogo, meu adversário chega tambem, eu estava aquecendo a bastante tempo. Ele entrou na quadra esquentou um pouco e a partida começou.<br /><br />Nos primeiros movimentos do jogo ví que ele era bem ruim. Tinha movimentação ruim, movimentos fracos, era muito novato, não seria difícil. Comecei o jogo e abri uma vantagem monstruosa 6/0 no primeiro set( isso quer dizer que ele não me fez ponto algum). Fui para o intervalo do jogo, meu pai me falou algumas coisas, eu fingi que ouvia e voltei para o jogo.<br /><br />Por incrível que pareça aquele infeliz voltou para a quadra com a mesma cara que entrou no jogo, meio bobo, meio babaca, parecia que não ligava de estar tomando uma surra, isso me irritava. Comecei o segundo set e chegaram os meus problemas, parecia que eu tinha esquecido de como jogar, meus golpes tinham perdido força e precisão, tudo dava errado, e o infeliz começou a crescer na partida. Hoje eu sei o que ele tinha e eu não, paciência, eu era afobado demais, queria correr e acabar com tudo logo.<br /><br />E ele conseguiu me vencer no segundo set 6/4, isso me tirou do sério, como aquele infeliz sem saber jogar nada conseguiu me vencer o set. Meu pai voltou a falar algumas coisas e eu fingi que escutava de novo. Voltei para a quadra e dessa vez com raiva ( é o pior sentimento que pode entrar na quadra), estava com ódio do cara, eu olhava para ele e via ele esboçando sorrisos as vezes, como me dava raiva, tinha vontade de pular a rede e partir a cabeça dele em dois com a raquete.<br /><br />No meio de último set ele me fez um ponto ridículo, fiquei muito chateado, não era possível, os organizadores que assistiam ao jogo estavam abismados com o crescimento do bundão no jogo. Certa hora eu fiquei tão puto que joguei a raquete no chão com toda a força, detruí ela completamente( não pensem que isso saiu impune), o juiz me advertiu, mas eu não ligava. Continuei o jogo e perdi por 6/4 novamente. Saí da quadra sem cumprimentar ninguem, estava puto da vida, aquilo não podia ter acontecido. Fiquei semandas sem jogar depois daquela derrota.<br /><br />Depois de muito tempo puto voltei a jogar, mas nunca mais participei de torneio algum. Sei que aquele sujeito não teve culpa, mesmo sem ele saber ele me deu uma lição para a vida toda, não entro mais em competição mas por preguiça de voltar a treinar, continuo jogando mas só por diversão. Eu sei a resposta, mas me digam vocês, no fim das contas quem é o bundão das quadras?<br /><br />E a lição é:<br /><br />1°- Não subestime nem o pior dos adversários.<br />2°- Tenha calma em todos os momentos críticos.Tiago Cervohttp://www.blogger.com/profile/05142097480137875033noreply@blogger.com29tag:blogger.com,1999:blog-865973724743409564.post-51573576014980651512009-01-01T08:23:00.000-08:002009-01-01T09:22:21.301-08:00Cerveja custa caro.<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SVzxpcQn5LI/AAAAAAAAAL0/dmB4555CAuU/s1600-h/beer8.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 164px; height: 200px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SVzxpcQn5LI/AAAAAAAAAL0/dmB4555CAuU/s200/beer8.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5286365756888966322" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SVzxUWZQ85I/AAAAAAAAALs/XEEbwQayB88/s1600-h/moneytree.JPG"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 226px; height: 226px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SVzxUWZQ85I/AAAAAAAAALs/XEEbwQayB88/s320/moneytree.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5286365394537345938" border="0" /></a>Não sou grande bebedor, mas às vezes saio com meus amigos pra tomar umas cervejinhas e relaxar. E isso geralmente não tem como programar, tá todo mundo junto, aí surje a vontade de beber, ligamos para os outros vagabundos e em algumas horas todo mundo se reuniu(ou não).<br /><br />Certa vez, estava eu voltando do curso numa sexta feira( tinha sido um dia pesado, daqueles que eu rezo pra terminar logo), e chegando perto de casa encontro alguns amigos na rua; pronto surgiu a oportunidade. Eles estavam planejando sair( se não me engano íamos comemorar alguma coisa, não devia ser importante), e me convidaram, mesmo não estando com muito dinheiro decidi ir. Troquei de roupa e fomos,chegando me deparei com um bar, ligeramente limpo e ligeiramente movimentado. Alguns vagabundos já tinham chegado ao bar e resevado algumas mesas, não me lembro quem, mas alguem conhecia o dono do bar, e éramos servidos com fartura.<br /><br />Das pessoas presentes eu conhecia poucas, mas isso nunca é problemas, depois de algumas cervejas e de um pouco de papo todos éramos amigos. Depois de algum tempo percebemos que as cervejas estavam acabando rápido demais, paravam na mesa e secavam na mesma hora, e alguns ficavam com seus copos vazios, com olhares tristes e perdidos. E foi aí que o garçom encontrou uma solução, em vez de ele ter que trazer 10 latas de cervaja de uma vez, as latas já ficariam na mesa de uma vez, mas aonde? dentro de uma lata de lixo de alumínio cheia de gelo... isso mesmo uma lata de lixo, mas como eu disse o lugar era ligeiramente limpo e não me incomodei.<br /><br />E ficamos por horas a fio conversando e bebendo as cervejas da lata de lixo(literalmente...haha). Chegava sempre mais gente para se juntar, (nunca presenciei tanta gente junta num evento informal como aquele), tinha pessoa de tudo que era tipo, de muitas crenças, e até um americano que era amigo de alguem. Parecia, sei lá, um monte de gente bêbada reunida no mesmo lugar.<br /><br />E dentro das conversas às vezes eu identificava focos de discução, mas não dava para separar uma coisa da outra, parecia uma conversa meio agressiva, coisas do tipo:<br /><br />_ O Nazismo era ruim... Dizia Um.<br />_ Não, era muito legal, eu odeio judeus<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">( duvido que fosse verdade)</span>. Dizia Outro<br />_Mas você não pode falar assim. Replicava um<br />_ Claro que posso, eu falo o que eu quiser. Gritava o Outro<br />_ Ah, então vai se #@$¨*. Gritava o Um<br /><br />Mas é claro, tudo em um tom amistoso, e era isso o que me confundia. E esse foi um dos tópicos, no total discutimos sobre coisas diversas, mas claro nunca chegamos a lugar nenhum nem a conclusão nenhuma.<br /><br />Percebi que as cervejas estavam acumulando na mesa em velocidade espantosa, as latas somavam mais de 40 sem sombra de dúvida. Eu tinha pouco dinheiro, não ia bancar aquilo nunca, esperava que os outros tivessem o restante da quantia, caso contrário iria trabalhar no bar por muito tempo.<br /><br />Chegou o fim da brincadeira, era hora de acertar a conta. É o momento que todo mundo se olha estranho, ninguem ri, niguem fala nada. Chegou a conta R$105,00, e mais um diálogo:<br /><br />_ Olha galera, passou dos 100, vamos metendo a mão na carteira e acabar logo com isso. Dizia o infeliz que pediu a conta.<br /><br />Todo mundo começou a tirar dinheiro e botar no centro das mesas, tinha moeda, nota, botão, pedra,tudo em cima da mesa. Somando tudo o que pusemos ,deu R$40, faltavam 65.<br /><br />_ Vamos pessoal, aqui não tem nem metade. Dizia o infeliz da conta<br /><br />Mais uma vez e dessa vez surgiram algumas reclamações, alguns xingamentos, e novamente a quantia foi somada e dessa vez dava pra pagar, mas por pouco.<br /><br />Na hora da despedida foi abraço pra todo lado, gente que só falatava chorar e apertos de mão, como se todos fossemos amigos de tempos( nunca mais ví a maioria das pessoas daquele dia). Voltando para casa, vomitei quase tudo e fui para casa feliz da vida.<br /><br />E a lição é:<br />1°- Se beber não dirija( todos voltamos de ônibus).<br />2°- Calcule o quanto está comprando antes de consumir.<br /><br /></div>Tiago Cervohttp://www.blogger.com/profile/05142097480137875033noreply@blogger.com35tag:blogger.com,1999:blog-865973724743409564.post-12045374799972962122008-12-26T05:18:00.000-08:002008-12-26T06:26:56.239-08:00Christine, o carro assassino<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SVTnHgyAbyI/AAAAAAAAAJ0/YIlRxfCl9s8/s1600-h/148282_1.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 142px; height: 200px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SVTnHgyAbyI/AAAAAAAAAJ0/YIlRxfCl9s8/s200/148282_1.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5284102379057213218" border="0" /></a><br />Na minha família nunca tivemos muitos carros, se não me engano 3 ao todo. Um deles fo<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SVTcUKl9_GI/AAAAAAAAAJk/84BI-Z0IIaA/s1600-h/Broken_Car.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 257px; height: 223px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SVTcUKl9_GI/AAAAAAAAAJk/84BI-Z0IIaA/s320/Broken_Car.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5284090501811534946" border="0" /></a>i um Passat, era velho, fedia e vivia dando problema, o outro foi um Gol GTI( o terceiro não importa). A pricípio era um bom carro, tinha potência e era bonito.<br />Ficamos com esse carro por muitos anos, enquanto todos na rua tinham carros populares, nós tinhamos um gol esportivo. Eu particularmente gostava dele, aprendi a dirigir nele. Mas como tudo na vida, ele ficou velho, começou a dar mais e mais problemas, e por ser um carro esportivo, as peças eram caríssimas. Ficamos com o carro mesmo assim, às vezes no mecânico e às vezes com agente.<br /><br />Em um belo dia, saí com meu pai para comprar um saco de areia, desses de praticar boxe. Compramos o tal saco, e estávamos voltando para casa, no meio do trajeto de volta o carro começa a fazer sons estranhos, ficou engasgando até que parou. Se alguem já teve um carro desse sabe que é muito barulhento, cheguei a ficar assustado com o silêncio dentro do carro. Meu pai tentou ligar o carro de todos os jeitos e nada, pode até não ser uma auto-estrada aqui, mas é uma rua movimentada, e os carros passavam voando do nosso lado.<br /><br />Finalmente desistimos de tentar ligar o carro, era impossivel. Um dos dois tinha que descer e começar a empurrar, mas nem eu nem meu pai estávamos afim de empurrar o carro por quase 10 km até em casa. Chamar o reboque ia ser uma facada, e ia demorar séculos, então decidimos revezar enquanto empurrávamos. Eu fui primeiro e comecei a mover o carro, a princípio foi bem fácil, a rua é bem asfaltada, e não estava calor. Empurrei quase 1 km até cansar, quando digo cansar, é exaustão quase completa mesmo.<br /><br />Foi a vez do meu pai empurrar e eu fui pegar a direção do carro. Lá dentro era fácil, apesar da velocidade quase nula, era bem confortável. Depois de algum tempo meu pai se cansou tambem, e eu tive de voltar a empurrar, e pra completar ele não podia continuar empurrando porque tinha se machucado a alguns dias. Estava eu sozinho no meio da rua, cansado, e empurrando o carro. Não sei se é assim em todo lugar, mas aqui em especial tem sempre gente querendo ajudar, sempre aparece um na rua querendo empurrar o carro.<br /><br />_ Não adianta empurrar, não está pegando, eu só vou levar pra casa. Dizia eu<br />_ Nem se agente empurra com velocidade? tem meus camaradas alí que podem ajudar. Alguns diziam<br />_ Não precisa, eu só estou levando pra casa mesmo. Respondia eu<br /><br />Alguns empurravam alguns metros até eu dizer que não estava pegando, afinal de contas eu não sou de aço. Alguns carros passavam bem devagar ao meu lado, só para ver mesmo, e quando eu olhava via, senhoras, crianças e até alguns homens olhando, alguns olhavam duvidosos, outros pareciam me reprovar, outros com pena, mas acredito que o consenso era:<br /><br />_ Olha que babaca!!<br /><br />Já tinha feito aquele trajeto outras vezes, e não tinha percebido como era longe de casa. Meu bíceps doiam, minha cabeça doía, minhas pernas, minhas costas, tudo doía. E como toda coisa ruim vem sempre com acompanhamento, começou uma chuva dos diabos, dessas dignas de floresta esquatorial. Agora pra compensar, estava com medo de tomar uma porrada de outro carro que por ventura não me visse. Uma das piores partes era passar por quebra molas, pareciam mais paredes.<br /><br />Finalmente cheguei no último km de casa, quem lê acha pouco, mas quem está empurrando um carro por quase 10km acha uma tortura. Às vezes meu pai abria a janela e me avisava que já estava chegando, como se isso fosse me confortar, mas de alguma forma não confortava. Chegando nos últimos metros, encontro um amigo meu, ele me ajudou a terminar o trajeto e colocamos o carro na garagem. Acho que nunca agradeci a ele de verdade por ter me ajudado, mas que ele saiba que sou muito grato.<br /><br />Cheguei em casa mais morto do que em qualquer momento da minha vida, até hoje nunca fiz nada tão exaustivo. E no dia seguinte, praticamente tudo doía, até meus ossos, fiquei resfriado, achei que fosse morrer, até minha alma devia estar sentindo dor.<br /><br />Depois desse dia o carro foi para o mecânico, e depois de alguns dias voltou a enguiçar na rua, mas nunca mais ousei empurrar aquela maquina infernal. Vendemos ela à alguns anos, espero que dono atual não esteja tendo os mesmos problemas.<br /><br />E a lição é: " Não compre nada pela aparência"Tiago Cervohttp://www.blogger.com/profile/05142097480137875033noreply@blogger.com32tag:blogger.com,1999:blog-865973724743409564.post-50433220440828493832008-12-12T05:48:00.001-08:002008-12-12T07:07:26.546-08:00Corra que a PM vem aí<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SUJuhCO_DzI/AAAAAAAAAIM/AZB1uf2GZX8/s1600-h/swat_team.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 200px; height: 150px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SUJuhCO_DzI/AAAAAAAAAIM/AZB1uf2GZX8/s200/swat_team.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5278903227046104882" border="0" /></a><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SUJsPo21SII/AAAAAAAAAH8/UW2dgKVhSZQ/s1600-h/dodge-charger-policia-3.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px; height: 133px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SUJsPo21SII/AAAAAAAAAH8/UW2dgKVhSZQ/s200/dodge-charger-policia-3.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5278900729152882818" border="0" /></a>Nunca fui preso, nem nunca tive problemas sérios com a polícia. Mas quem nunca teve um momento de quase problema que jogue a primeira pedra.<br /><blockquote><blockquote></blockquote></blockquote><span style="color: rgb(255, 0, 0); font-weight: bold;">Ps:."Nessa história vou poupar nomes, não acho interessante prejudicar ninguém"</span><br />É sempre muito difícil reunir todos os meus amigos, sempre tem alguém que não pode comparecer, ou alguém que não gosta de quem vai. Mas em um dia atípico conseguimos juntar bastante gente no mesmo lugar.<br /><br />Decidimos ir jogar sinuca em um bar( niguém sabe jogar sinuca, íamos aprender na hora mesmo). E fomos, cada um tomando seu meio de trasporte até se juntar no bar. Éramos uns 10, por volta das 23:00(Domingo), estávamos tomando umas cervejas e jogando sinuca, quando alguém teve a brilhante idéia de invadir uma casa de festa vizinha ao bar. A princípio era uma má idéia, depois continuou sendo uma má idéia. Os muros do clube deviam ter cerca de 2m de altura, facilmente transponíveis, e dentro desse clube estava acontecendo uma festa (nada muito interessante, só gente bêbada se esbarrando).<br /><br />Enquanto alguns estavam jogando sinuca, 3 integrantes do grupo decidiram colocar o plano em prática e pular no clube. Não sei por qual motivo, mas eles foram, entraram e sumiram de vista no meio da festa. Continuamos jogando sinuca, acreditando que logo os 3 sairiam de lá, engano nosso. No meio da jogatina um celular começa a tocar, não era de niguém presente e estava começando a incomodar. Enfim vimos que o celular era de um dos que tinham entrado no tal clube.<br /><br />Não dava pra atender o telefone e dizer:<br />"_Oi. O senhor espera um pouco que o seu filho acabou de invadir o clube aqui, e depois ele liga de volta."<br />Dissemos que o fulano estava no banheiro, o pai dele acreditou nisso e ganhamos tempo, mas tinhamos que tirar ele de lá o mais rápido possível. Tentei ligar para um dos que estavam no clube e mandar eles saírem, conlusão:<br />" Os seguranças da festa perceberam vagabundos entrando pelos muros e passaram a vigiar todas as saídas, estavam mais atendos."<br /><br />Pronto os 3 iam ficar lá e na melhor das hipóteses receber uma bela surra. Muita gente andava pela rua, é um clube famoso por aqui e estava bem cheio. A cada cindo minutos eu ligava para os prisioneiros da festa e eles diziam que iam sair de lá, e a cada cinco minutos o pai do fulano ligava no celular que estava com agente, dissemos umas 5 vezes que ele tinha ido ao banheiro, acho que ele não estava mais acreditando.<br /><br />Era fácil pular o muro, mas eram 3 caras, quando o primeiro pulasse os outros 2 iam ficar detidos lá. O desepero começou a bater , ninguém sabia mais o que fazer, e pra completar a confusão a festa estava acabando e só dava pra sair com convite, que nenhum dos 3 tinha.<br /><br />Pensamos em subornar um dos seguranças, mas se ele não aceitasse o suborno ia saber que nossos amigos estavam lá. E ficamos pensando em como ajudar os 3, as idéias estavam acabando,junto como tempo. E no meio de tudo isso, ouço um tumulto se iniciando às portas do clube, acabou pegaram eles, pensei.<br /><br />Do meio do tumulto surge uma gritaria e do meio da gritaria um dos vagabundos correndo como o vento, era um dos nossos e como ele corria, os seguranças fora de forma só puderam gritar e olhar ele se distanciando:<br />_ Pega esse vagabundo!! Gritava um dos seguranças<br /><br />Meu amigo passou bem ao meu lado na rua, duvido que ele tenha me visto. Os seguranças estavam voltando para a festa e falando pelo rádio:<br />_ Tem mais vagabundo com esse aí dentro, pode pegar os 2.<br /><br />Os 2 iam ser pegos, isso era questão de tempo, a confusão tinha saído do controle, todo mundo na rua estava tentando entender o motivo do cara ter corrido tanto, e no meio da confusão na rua aparecem os outros 2 vagabundos, rindo e brincando um com o outro.<br /><br />Eles conseguiram sair pela porta dos fundos, pois os seguranças se mobilizaram para pegar o vagabundo fugitivo. Pelo menos tinham conseguido fugir, faltava agora achar o corredor que tinha disparado rua adentro. Encontramos ele umas 2 quadras depois, sem camisa e completamente suado.<br /><br />Voltamos andando e vimos parando na frente do clube 2 viaturas da polícia. Se os 2 vagabundos tivessem demorado um pouco mais de tempo, estariam saindo para dentro dos carros da polícia.<br /><br />Do jeito que a rua estava, os segurança não iam encontrar os vagabundos nunca, tinha gente pra todo lado, e todos com cara de vagbundo. Fomos todos pra casa e niguém foi preso até hoje.<br /><br />Ps: Nunca tente reproduzir isso em casa.<br /><br />E a lição é : "Cuidado com brincadeiras mal calculadas, você pode acabar preso."Tiago Cervohttp://www.blogger.com/profile/05142097480137875033noreply@blogger.com35tag:blogger.com,1999:blog-865973724743409564.post-4528546425141468622008-12-07T07:25:00.000-08:002008-12-07T07:35:40.574-08:00Bicicleta de Natal<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/STvshQ0QX4I/AAAAAAAAAG0/t76iXvy5GJY/s1600-h/bike_lanes_fall.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 148px; height: 100px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/STvshQ0QX4I/AAAAAAAAAG0/t76iXvy5GJY/s200/bike_lanes_fall.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5277071444588650370" border="0" /></a>
<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/STvsSuQV0rI/AAAAAAAAAGs/vlLjdxneIqk/s1600-h/5512_rudolph_watching_santa_pick_out_christmas_presents_from_his_bag.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px; height: 170px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/STvsSuQV0rI/AAAAAAAAAGs/vlLjdxneIqk/s200/5512_rudolph_watching_santa_pick_out_christmas_presents_from_his_bag.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5277071194793038514" border="0" /></a>
<br /><meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 11"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 11"><link rel="File-List" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CTIAGOC%7E1%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtml1%5C02%5Cclip_filelist.xml"><o:smarttagtype namespaceuri="urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" name="metricconverter"></o:smarttagtype><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if !mso]><object classid="clsid:38481807-CA0E-42D2-BF39-B33AF135CC4D" id="ieooui"></object> <style> st1\:*{behavior:url(#ieooui) } </style> <![endif]--><style> <!-- /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} @page Section1 {size:595.3pt 841.9pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:35.4pt; mso-footer-margin:35.4pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--> <p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">Como o natal está chegando, achei oportuna uma historinha natalina. Não é dessas bonitinhas em que alguém aparece sempre e salva o natal e todo o mundo. Essa tem um pequeno toque da minha vida.</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">Vamos ao que interessa, era o dia 28 de Dezembro de 90 e alguma coisa (não vou me lembrar do ano exatamente, nem que eu queira). Estávamos eu e meu grande amigo Renato, meu natal não tinha sido dos melhores em relação a presentes (nunca tive um muito bom pra falar a verdade), mas o do Renato tinha sido bem produtivo, ele ganhou um monte de presentes, inclusive uma bicicleta nova. Eu tinha a minha velha bicicleta mesmo, gostava dela, servia ao meu propósito de andar mais rápido pela rua.</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">Eu com a minha velha e ele com a dele novinha em folha fomos andar pelas ruas. Sentia-me mal, não por inveja, mas porque eu queria uma bicicleta nova também. E ficamos andando por horas e horas, ele todo cheio de cuidado com a bike nova, e eu metendo o pé, entrava em buracos, passava na lama, subia calçada (pra falar a verdade eu estava tentando arrebentar a minha ao máximo pra ver se ganhava uma nova também). Queria ver até aonde a minha velha agüentava e tive a idéia de descer um grande morro perto da minha casa, é uma bela descida de uns <st1:metricconverter productid="10,00 m" st="on">10,00 m</st1:metricconverter>, quem sabe eu não destruía a minha e ganhava uma novinha depois?</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">Tentei convencê-lo a ir também, mas ele estava com medo ( não só de arrebentar a bike, mas de se arrebentar também). Depois de muita saliva gasta ele finalmente concordou, a subida foi um martírio, era impossível subir montado na bike e fora dela era cansativo. Lembro de ele ter me xingado bastante, mas ia ser legal descer o morro na maior velocidade, e depois parar suavemente na base, a idéia era tentadora, fazer mesmo, não era nem um pouco encorajador. Chegamos ao topo e olhamos pra baixo, era muito alto, tentei calcular a descida e prever o que eu ia precisar fazer pra não me arrebentar, vi que no meio do morro <span style=""> </span>tinha uma deformidade, mas eu conseguiria passar sem problemas, pensava eu.</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">Chegou o momento, me lembrei de um fato importante, minha bicicleta não tinha freios, os cabos tinham ido pro espaço a muito tempo, na hora de parar eu usava a sola dos pés, e em alta velocidade isso é desaconselhável. Pensei em voltar atrás, e o diálogo foi mais ou menos assim:</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">_ To sem freio, não vou descer essa merda assim. Disse eu</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">_ Agente subiu até aqui, deixa de ser cagão e vai logo. Dizia o Renato</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">_ Você é maluco? Olha a altura disso, eu vou ficar muito rápido, não vai dar pra parar. Dizia eu</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">_ Dá sim, vira a bicicleta de lado que ela para antes da rua. (Pequeno detalhe, o morro acabava na estrada que vai pro aeroporto do Rj, os carros passam a mais de <st1:metricconverter productid="100 km" st="on">100 km</st1:metricconverter> quase sempre por la).</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">_ Com a minha eu não vou, me empresta a sua que eu vou, a sua tem freio. Propus</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">_ Então vai, pode usar, mas cuidado. <span style=""> </span>Dizia o Renato</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">_ Pode deixar. Disse eu</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">Subi na bicicleta e fiquei pensando um tempo, se eu não conseguisse parar a tempo eu ia parar no meio da rua, se isso acontecesse era um abraço, não estaria aqui escrevendo agora. Mas como criança inconseqüente que era, desci o morro. No início tudo correu bem, era como eu planejava o vento batendo no rosto, a velocidade, foram 2 segundos felizes, mas aí vieram os problemas, a tal deformidade do morro me pegou, a roda bateu em um buraco e amassou, ficou que nem um quadrado. Perdi o controle, vi a rua chegando, puxei o freio com todas as forças e vi as borrachinas do freio ficando pra trás, tinha perdido os freios, isso não era bom sinal. Lembrei do Renato dizendo:</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">“Se der errado vira a bicicleta de lado que ela pára”</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">E quando vi que não tinha mais solução virei o guidon de lado, a bicicleta começou a virar, isso era bom. Agora vamos para uma pequena aula de física: </p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">“Um corpo em movimento tende a continuar em movimento”</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">Eu não sabia dessa valiosa lição de física. Quando a bicicleta começou a virar de lado, eu continuei o movimento sem ela, caí no chão. Pedras, areia, barro, grama, bicicleta e eu, tudo misturado numa única massa, rolei, a bicicleta caiu por cima de mim, rolei por cima dela, e terminei olhando pro céu . Olhei para o lado( aonde o morro estava), e vinha vindo o Renato a toda velocidade com a minha bicicleta, pensei que ia morrer e ia acabar tudo, mas para minha surpresa ele usou os pés e parou suavemente ao meu lado.</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">Não quebrei um osso se quer , me ralei bastante e destruí a bicicleta dele totalmente. O Renato voltou a usar a bicicleta antiga <span style=""> </span>dele, e eu continuei com a minha.</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">Hoje tenho mais de uma lição aprendida:</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">1°- “Não deixe suas coisas velhas pra trás só porque são velhas”.</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">2°- “Não deseje os presentes dos outros”</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">3°- Preste atenção às suas aulas de física na escola</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> Tiago Cervohttp://www.blogger.com/profile/05142097480137875033noreply@blogger.com30tag:blogger.com,1999:blog-865973724743409564.post-65386682384801696752008-12-03T07:57:00.000-08:002008-12-03T09:12:56.088-08:00Operações de guerra<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/STa8lI0rdvI/AAAAAAAAAFY/1fRCH9tNYyM/s1600-h/800px-Vickers_machine_gun_crew_with.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 209px; height: 130px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/STa8lI0rdvI/AAAAAAAAAFY/1fRCH9tNYyM/s200/800px-Vickers_machine_gun_crew_with.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5275611359720732402" border="0" /></a><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/STauWQ9pJqI/AAAAAAAAAFA/F3VkyW3cEyQ/s1600-h/amendoas.JPG"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px; height: 150px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/STauWQ9pJqI/AAAAAAAAAFA/F3VkyW3cEyQ/s200/amendoas.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5275595711044986530" border="0" /></a>Quando eu era criança as coisas eram muito mais fáceis, sempre tinha gente na rua pra se divertir, sempre tínhamos alguma coisa pra fazer. Éramos muitos amigos e sem preocupação com nada, a não ser com a escola de vez em quando. E foi na minha infância que tive meu primeiro contato com a guerra, o sofrimento e a dor dos combatentes. Nunca estive em um campo de batalha no exterior mas já lutei nos campos nacionais, eu era combatente nas épicas "Guerras de Amêndoa".<br /><br />Não sei o motivo, mas na minha rua os pés de amêndoa eram infinitos, pra todo lado tinha amêndoa, e eu aprendi uma coisa com minha sábia mãe: " Se Deus lhe deu limões, faça uma limonada com eles", no meu caso eram amêndoas, e eu tinha que arrumar uma utilidade para elas.<br /><br />E foi assim que os combates se iniciaram, tinhamos munição de sobra e irresponsabilidade tambem. Penso hoje que naquela brincadeira alguem podia ter se machucado feio, mas na época nem eu nem ninguém pensava nisso. E assim começava, todo mundo saía buscando amêndoas pelo chão, outros iam buscar material de proteção e isso variava muito, podiam ser pedaços de madeira ou qualquer coisa que forneça alguma proteção, pois na hora que começavam os disparos era bom estar bem protegido.<br /><br />Em um belo dia, muita gente apareceu pra combater no front, alguns caras eram bem maiores que agente ( consequêntemente mais fortes tambem). E nesse dia fui escalado para encontrar material de proteção para a trincheira, fui buscar o material. Encontrei uma porta de carro velha, não sei se tinha dono, nem se alguem ia ficar procurando, mas chamei meus companheiros e levamos a porta pra montagem da trincheira.<br /><br />Tive medo dos combatentes mais antigos, eles era mais fortes, e as amêndoadas doiam bem mais. E na hora de fazer a selelção das equipes eles (é claro ficaram no mesmo time), éramos 9 ao total dentro de uma trincheira, todos com medo nos corações e amêndoas nas mãos. No outro time eram 6, duvido que estivessem com medo, mas tinham amêndoas (alguns tinham pequenas pedras).<br /><br />Começou o massacre, tinhamos a porta de carro à nosso favor, mas ficar na defensiva era humilhante até para uma simples criança, vez ou outra eu me aventurava a atacar por cima da porta. Lembro bem do som de metal das amêndoas batendo na porta, eu fiquei bem perto dela (afinal eu tinha achado). Ví muitos companheiros sendo atingidos, mas infelizmente não pude prestar socorro a nenhum ferido, estava mais preocupado em continuar intacto.<br /><br />Percebi que a brincadeira tinha ficado séria, ninguem do meu time queria continar no front, e os inimigos não demonstravam sinal de cansaço. Estava praticamente sozinho, muitos companheiros fugiram, outros estavam chorando escondidos, eu e mais 2 ainda estávamos batalhando. Depois de trocar muitas amêndoas percebi quer era inútil continuar na luta, comecei a planejar minha fuga, era impossível carregar a porta de carro comigo (ela era pesada demais), pedir trégua era inútil, a solução era correr.<br /><br />Pensei nas coisas que ainda faria na minha vida, pensei em meus filhos, em minha mãe que me esperava em casa, mas tinha que tomar uma atitude. E assim fiz, ainda restavam 2 companheiros de pé, era o suficiente para criar a distração de que eu precisava. Olhei por cima da porta e ví que o fogo havia cessado, isso era ruim, o silêncio era terrível. Levantei de uma só vez e me pus a correr, e corri como nunca, consegui ver duas amêndoas que quase me atingiram, até que senti um forte impacto nas costas, na região dos rins, perdi as forças, caí no chão e me contorcia de dor, meus 2 companheiros ainda estavam na tricheira e me viram ser atingido.<br /><br />Fui atingido enquanto estava de costas, pra ser sincero, doeu pra cacete, ficou gelado, depois quente, e depois e alguns minutos roxo. Voltei pra casa com meu ferimento, doía muito, mas não podia fraquejar diante da dor, aguentei por dias . Tenho pena até hoje dos outros que foram atingidos mais de uma vez, uma só foi o suficiente para me provocar muita dor. Nunca mais chamamos os antigos combatentes pra brincar, eles eram monstros.<br /><br />E a lição de hoje é: " Não brinque com quem não sabe brincar".Tiago Cervohttp://www.blogger.com/profile/05142097480137875033noreply@blogger.com32tag:blogger.com,1999:blog-865973724743409564.post-60899683746659683752008-12-01T06:57:00.000-08:002008-12-01T08:05:14.365-08:00Penetras são bem vindos<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/STP8B-a8nmI/AAAAAAAAADo/JfUzsikWVPg/s1600-h/07mxe.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 212px; height: 320px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/STP8B-a8nmI/AAAAAAAAADo/JfUzsikWVPg/s320/07mxe.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5274836699447074402" border="0" /></a>A época de ir à festas de 15 anos já passou pra mim, a maioria das pessoas que conheço se ainda não entrou nos 20 está por perto. Mas já fui a algumas, e dentre elas uma se destaca, Abril de 2007, não preciso dizer de quem era a festa até porque não tem relevância.<br />Meus amigos conheciam a menina que iria festejar os 15 anos, eu conhecia também, mas não ia muito com a cara dela, não sei porque, simplesmente não ia. E todos receberam os convites, todos iam, Lucas, Rodolfo, Cláudio e eu não tinha um convite. Pra falar a verdade eu queria ir sim, mas se pra ir eu precisava ficar bajulando a menina só pra conseguir um convite, decidi nem tentar.<br /> <span style="color: rgb(0, 0, 0);"></span><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: italic; color: rgb(0, 0, 0);"></span></span><br />Cláudio e Lucas haviam recebido convites extras, pois tinham irmãs que eram amigas da aniversariante. Não sei o motivo mas a irmã do Cláudio não ia. Achei minha oportunidade de ir, na verdade a aniversariante não ia perder nada, ia ser computado como um convidado eu indo ou a amiga dela. E Cláudio me cedeu o convite, mas não ia ser fácil simplesmente aparecer na porta da festa simplesmente porque eu tinha um convite, decidimos falar com a menina antes da festa e ver se estava tudo bem eu ir no lugar da desistente, não conseguimos falar com ela por dias.<br /><br />Chegou o dia da festa, eu tinha um convite, mas não tinha falado com a aniversariante ( pequeno detalhe, acho que ela tambem não vai com a minha cara). Em dia de aniversário de 15 é mais fácil ir falar com o Papa em pessoa a conseguir achar a aniversariante, nesse dia parece que ficam ocupadas se produzindo, e incomunicaveis. Não dava pra perder a oportunidade de ir na festa simplesmente porque ela não sabia que eu ia, ou porque ela não gostava de mim. Passou o dia, e nós ligamos o dia todo e não conseguimos falar com a menina.<br /><br />Fui mesmo assim, afinal era aniversário dela e eu esprava bom humor pelo menos naquele dia. Chegamos de taxi na entrada do salão, sinceramente tive medo de aparecer na porta e ser colocado pra fora por não ser um convidado, e por isso mandamos o Lucas ir na frente e avisar que eu estava lá, afinal ele era o mais íntimo dela no grupo, e ele depois de muito reclamar foi. Depois voltou com a cara de meio constrangido e relatou o seguinte:<br /><br />" Entrei no salão e ela está bem na porta vendo todo mundo entrar, falei com ela que você tava aqui, ela fechou a cara na hora, acho que ela não gostou muito da surpresa não. Mas disse que você pode entrar".<br /><br />Ficamos na porta um tempo antes de entrar, e o diálogo foi mais ou menos assim:<br /><br />_ Vamos entrar, aqui fora ta ficando frio. Dizia Rodolfo<br />_ Tem certeza, ela não gostou de saber dessa estória do Tiago aqui. Disse o Lucas<br />_ Porra, agente pagou o taxi até aqui, eu só volto depois de comer aí dentro. Dizia Eu<br />_ Então agente faz o seguinte, eu( Rodolfo) fui o único que trouxe presente, eu dou o presente pro Tiago entregar pra ela no meu lugar, e ela vai ficar feliz da vida. Propôs Rodolfo<br /><br />Colocamos em prática o plano, eu entrei primeiro e ela estava na porta, bem produzida em um vestido bem grande. Abri meu sorriso de bolso( sorriso forçado) e fui falar com ela, não aprecia feliz mas tambem não ia me expulsar pareceu bom, entreguei o presente e fomos pegar uma mesa. Sentamos em um lugar bem ruim o garçom só chegava com sobras, e a cerveja sempre quente. Depois de alguns minutos Lucas e Rodolfo encontraram uma menina que era amiga de não sei quem, mas não conhecia ninguem na festa( além da aniversariante , é claro), e queria se sentar na nossa mesa. Concordamos, e ficamos conversando e eu bebendo a maldita cerveja quente, ela parecia simpática a primeira vista ( a menina , a cerveja não era nem um pouco simpática).<br /><br />A festa se passou fomos para nossas casas, e todos ficamos felizes. A aniversariante continua não indo com a minha cara, e todos seguimos nossos caminhos. Na segunda feira após a festa, voltei à minha rotina, e isso inclúi voltar ao curso. E no intervalo entre as aulas estava eu batendo papo com um amigo meu, e colocando os aconteciemntos do fim de semana em dia, foi mais ou menos assim:<br /><br />_ Esse fim de semana fui numa festa de 15 anos legal cara, me diverti pra caramba. Disse eu<br />_ Meu fim de semana foi uma merda.... bla, bla, bla... Disse ele<br />_ E essa festa foi aonde? Perguntou ele<br />_ Num salão....( disse aonde foi). Respondi<br />_ Conheceu alguma menina legal lá? Continuou ele perguntando<br />_ Ah, teve uma garota que se sentou na nossa mesa, e ficou conversando com agente, o nome dela era...( disse o nome, que prefiro não expor, para me poupar de maiores problemas). Disse eu<br />_ Sabe de onde ela é? Ele perguntando de novo.<br />_ Sei, ela mora aqui perto, o namorado dela é um tal de...( Disse o nome do cara que ela tinha dito ser o namorado dela).<br />_ Eu sei quem é, esse cara é meu primo. Disse ele<br />_ Que coincidência. Disse eu<br />_ Eu tava com ele esse fim de semana, ela falou pra ele que estava doente, não disse nada sobre festa. Começou ele se alterando ligeiramente.<br />_ Mas então ela enganou seu primo porque estava com agente. Disse eu<br />_ Eu vou ligar pra ele, e colocar essa estória a limpo. Dizia ele<br /><br />Ele ligou, não conseguiu falar com o primo, voltamos pra sala. E no dia seguinte meu amigo me contou que tinha falado com o primo, e que ele (primo) e a namorada tinham brigado por causa disso. A menina depois colocou em mim a culpa pela briga, pois eu tinha espalhado que ela estava na festa. Foi uma terrível coincidência.<br /><br />E a lição do hoje é: " Cuidado com o que vai falar pois a coicidência pode te pegar."<br /></div>Tiago Cervohttp://www.blogger.com/profile/05142097480137875033noreply@blogger.com30tag:blogger.com,1999:blog-865973724743409564.post-71747714052906680262008-11-29T10:10:00.000-08:002008-11-29T11:11:04.446-08:00Vícios destrutivos<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/STGGeJ4QAOI/AAAAAAAAAB8/a1vbj0GLI6g/s1600-h/funnypart-com-addicted-to-computer1.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 151px; height: 200px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/STGGeJ4QAOI/AAAAAAAAAB8/a1vbj0GLI6g/s200/funnypart-com-addicted-to-computer1.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5274144491233607906" border="0" /></a>Estar ocupado não é uma coisa que me acontece com muita frequência nos últimos tempos. Normalmente se não estou andando e conversando, fico parado e conversando ou quando mais uma variação disso, jogando vídeo game e conversando. Mas para toda regra existe a exceção, e essa semana de janeiro de 2007 foi uma exceção. <a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/STGGSvDqqyI/AAAAAAAAAB0/Ng2ikHZNT3s/s1600-h/gunz076_2.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 200px; height: 150px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/STGGSvDqqyI/AAAAAAAAAB0/Ng2ikHZNT3s/s200/gunz076_2.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5274144295055174434" border="0" /></a><br /><br />E nesse mês de janeiro um amigo meu, vulgo Lucas, descobriu na internet um jogo chamado "Gunz", não sou jogador desses jogos on line( primeiro porque não tenho uma internet boa, segundo porque sei que vicia rápido), mas dessa vez fui seduzido, e comecei a jogar na casa do tal Lucas. Joguei o jogo por um tempo e descobri que:<br /><br />1- O objetivo principal do jogo, é você ser mais rápido que todo mundo e dar tiro mais rápido, e trocar espadadas, ficar pulando pelas paredes, etc.<br /><br />2- Não existe enredo, simplesmente gente se batendo por motivo nenhum.<br /><br />3- O quão viciado você é conta muito nesse jogo, se não for viciado vai ficar sempre perdendo.<br /><br />Mas continuei jogando, dia após dia, e cada dia evoluindo, matando e morrendo. A cada dia mais gente conhecida entrava no jogo, e ficava cada vez mais divertido. Os dias viraram semanas, e muita gente conhecida estava no jogo. Tudo virou "Gunz", as conversas giravam ao redor do jogo, as gírias eram as mesmas usadas no jogo. Depois de muito tempo jogando aquilo minha visão começou a piorar, comecei a enxergar no canto inferiror da vista a mesma caixa de diálogo do jogo, mesmo não estando jogando no momento. Na rua as vezes eu exergava a maldita caixa de texto no canto do olho, foi bem perturbador.<br /><br />Não parei por aí, na mesma época que o vício tinha se tornado perigoso, os pais do lucas viajaram por 4 dias, e nesses quatro dias, eu jogava uma média de 15 ou 16 horas por dia, atirando e levando tiro. Chegava na casa dele por volta do meio dia e saía a noite. Eu tinha que ir dormir em casa, Lucas pelo contrário jogava mesmo durante a madrugada, virava noites jogando. No quinto dia, quando os pais dele deveriam voltar, fui tentar jogar mais um pouco antes de voltar a rotina de jogo menos destrutiva. Toquei a campainha e Lucas veio atender, olhei pra ele e ví um zumbi, a aparência estava péssima, seus olhos fundos e vermelhos como sangue, despenteado, fedendo. Senti medo de me tornar aquilo, joguei mais agum tempo, mas não era a mesma coisa, o jogo havia perdido a magia, era só mais um jogo e não mais "o jogo".<br /><br />Com o passar dos dias fui diminuindo a frequencia até parar, e nunca mais joguei. Comecei a olhar a vida de outra forma, os dias eram mais claros, as cores mais vivas, o ar mais puro. Por outro lado nem todos se libertam do mal, em janeiro de 2009 vão fazer dois anos da descoberta do jogo, e até hoje Lucas joga compulsivamente( enquanto escrevo esse artigo vejo em meu msn que ele está jogando), mas tudo tem salvação, orem pela alma dele.<br /><br /><br />E a lição de hoje é: " Liberte-se de seus vícios e viva a vida como nunca".Tiago Cervohttp://www.blogger.com/profile/05142097480137875033noreply@blogger.com23tag:blogger.com,1999:blog-865973724743409564.post-20944961408140186132008-11-27T07:34:00.000-08:002008-11-27T09:11:01.954-08:00Roubando casas<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SS7AqKkGvpI/AAAAAAAAABs/KDlLrtLXfVA/s1600-h/roubo.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 220px; height: 217px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SS7AqKkGvpI/AAAAAAAAABs/KDlLrtLXfVA/s200/roubo.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5273364044320259730" border="0" /></a><br />À primeira impressão parece que me entreguei finalmente à marginalidade total e me tornei um ladrão de casas, certo?, Errado. Esse foi um engano muito chato, mas que dá um bom conto. E sim, isso é verídico.<br /><br />Era 90 e alguma coisa não me lembro bem, . Era comum nessa época, as pessoas se mudarem dos apartamentos e deixarem algumas coisas inúteis pra trás, cabides, pedaços de madeira, porcarias no geral, mas às vezes ficavam coisas legais como, brinquedos usados, ou qualquer coisa que uma criança ache interessante. E íamos nós um grupo de umas 10 ou 15 crianças, entrando nos apartamentos vazios e levando tudo o que fosse interessante. E isso virou comum entre as crianças, todo mundo fazia, e sempre que tinha apartamento vazio, quem chegasse primeiro pegava as melhores coisas.<br /><br />E em um verão estávamos eu e meu primo Felipe, sem nada pra fazer( como de costume por aqui), e soubemos que uma família iria se mudar. Pronto, vimos a oportunidade de chegar ao apartamento primeiro que todos da rua. E ficamos dias observando o apartamento, até que um dia a família realmente foi embora, apareceu um caminhão e levou a mudança, e depois de algumas horas as pessoas foram tambem. No início da mesma noite, eu e meu primo fomos enrar no apartamento, era o primeiro andar(térreo), era possível entrar pelas janelas. No entando todas estavam trancadas, fomos ver as portas do apartamento que tambem estavam trancadas.<br /><br />Ficamos tentando arrombar as janelas sem sucesso, estavam presas por dentro. E foi aí que eu percebi, que logo abaixo da janela havia uma chapa de alumínio (aonde deveria haver um aparelho de ar-condicionado). Expliquei a meu primo que aquilo não era muito grosso, e que era possível tirar; peguei minha chave de fenda ( sim, eu havia levado uma, sempre são úteis para se arrombar casas), tentei tirar os parafusos e qual não foi minha surpresa, os parafusos estavam para o lado de dentro. Meu primo ficou louco de raiva e o diálogo foi mais ou menos assim:<br /><br />_ Acho melhor agente ir embora, vai fazer barulho se eu tentar arrancar a chapa. Disse eu<br />_ Não vai não, agente tira devagar que nem vai fazer barulho. Disse Felipe<br />_ Essa merda é muito pesada vai acabar caindo no chão. Alertei<br />_ Vai nada, deixa de ser medroso e me ajuda.<br /><br />Depois de muito esforço vimos que era impossível tirar sem fazer barulho. Meu primo perdeu o controle e enfiou um chute na placa que voou pra dentro da casa, o esporro foi enorme, eu olhava para os apartamentos ao lado e via as luze se acendendo e logo teria gente espiando. Eu tinha 2 opções e tinha que pensar rápido:<br /><br />Opção 1: Correr como um louco e deixar o apartamento arrombado, e no dia seguinte todas as crianças iam aparecer e levar tudo de lá.<br /><br />Opção 2: Entrar mesmo assim e pegar o que eu conseguisse antes de alguém aparecer.<br /><br />Como uma criança que não pensa nas consequências entrei no apartamento. Meu primo veio junto e começamos a vasculhar o lugar. Dessa vez eles tinham caprichado na limpeza, não tinha sobrado nada, levaram tudo, pensava eu. Até que encontramos um cômodo fechado à chave, já estávamos encrecados mesmo, meu primo se jogou na porta e a arrombou. Dentro do cômodo tinha bastante coisa, troféis, uma bola de basquete, algumas revistas velhas, e outra coisas. Levamos tudo, pegamos tudo o que podíamos carregar e fomos embora( isso mesmo, não tinha ninguem esperando agente lá fora, fomos embora sem problemas).<br /><br />Guardamos as coisas em casa mesmo, e fomos dormir o sono da recompensa. Alguns dias depois da pilhagem produtiva, estava eu voltando da escola, entrei em casa e ví que as coisas tinham desaparecido, fiquei preocupado, perguntei à meu primo das coisas e ele sabe tanto quanto eu: nada. Depois de me cansar de procurar encontrei minha mãe, não entendia o motivo mas ela estava com os olhos de quem vai matar alguém. E assim foi o diálogo:<br /><br />_ Tiago, você voltou a entrar nos apartamentos das pessoas? Perguntava ela aos gritos<br />_ Claro que não, todo mundo sabe que só se deixa porcarias nesses apartamentos. Respondi<br />_ Então por que diabos, a mulher do prédio ao lado veio aqui em casa hoje cedo dizendo que viu você e o Felipe lá, na semana passada?<br />_ Mas.. Mas.. ela é louca, eu não fui lá não. Respodi, mas já com medo<br />_ Jà que não foi você, então porque a dona do apartamento veio aqui em casa pegar as coisas que segundo ela vocês roubaram?<br />_ O que? Mas ela não tinha ido embora?. Disse eu<br />_ Foi, mas tinha deixado algumas coisas pra pegar depois, e vocês dois chegaram e levaram.<br /><br />A parte seguinte do diálogo eu prefiro sensurar, seguiu-se uma bela surra, e depois algumas semanas de castigo. Mas não parei por aí com os meus saques, fiz mais algumas vezes, até que fiquei mais velho e parei de querer as porcairas que ficavam pra trás.<br /><br />E a lição da semana é: " Não deseje as porcarias alheias"Tiago Cervohttp://www.blogger.com/profile/05142097480137875033noreply@blogger.com23tag:blogger.com,1999:blog-865973724743409564.post-80456158120217008542008-11-25T07:24:00.000-08:002008-11-25T14:44:44.361-08:00Vamos fazer uma festa?Vou contar com uma das minhas favoritas, é meio <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_0">longa</span>, mas vele a pena ler.<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SSwc1pD4lYI/AAAAAAAAABk/5n4ruNpVgt0/s1600-h/rave.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 256px; height: 197px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SSwc1pD4lYI/AAAAAAAAABk/5n4ruNpVgt0/s200/rave.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5272620971624797570" border="0" /></a><br /><br />Num tempo muito distante, acho que em 2005 ou 2006( sei lá), eu e meu fiel escudeiro <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0"><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">Leon</span></span>( eu sei, ele <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">tem um</span> nome diferente,mas é gente boa pra caramba) <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_2">estávamos</span> <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_3">procurando</span> o que fazer, era <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_4"><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">dezembr</span></span><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_4"><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">o</span></span>, ambos estávamos de férias e cansados de jogar <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_5"><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_3">videogame</span></span>. Fomos procurar um grande amigo nosso o <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_4">Ryon</span>( <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_5">tambem</span> tem um nome diferente eu sei, aliás se parece com <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_6">Leon</span>, mas são pessoas diferentes), na casa dele ele não estava, em qualquer dia normal eu teria desistido de procura-lo e ido fazer outra coisa, e na verdade foi <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_7">exatamente</span> o que eu fiz. Saímos eu e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_8">Leon</span> das portas da casa do <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_9">Ryon</span>, e fomos jogar <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_10">fliperama</span>, ficamos bastante tempo jogando, até que as fichas e o dinheiro se acabaram.<br /><br />E já devia ser umas 3 horas da tarde quando decidimos voltar no <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_11">Ryon</span> pra saber se ele já tinha voltado( sei lá aonde ele tinha ido). E o <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_12">lafranhudo</span> ainda não estava em casa, decidi me empenhar de corpo e alma na busca, passei mentalmente todos os endereços aonde ele poderia estar enfiado, alguns vieram rapidamente na memória e eu tratei de verificar, mas sempre era recebido com um " Não, ele não veio aqui", ou " Quem?Nunca ouvi falar.". Depois de muito tempo e suor empregados na busca, faltavam poucos lugares pra se verificar. Eu já estava exausto, tinha andado por horas e estava bastante sol( só pra se <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_13">ressaltar</span>, era verão), <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_14">decidi</span> procurar em um último endereço, uma garota que morava um pouco longe, ia ser uma boa caminhada de uns 2Km mais ou menos. Chegamos na casa da dita cuja, ela <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_15">também</span> não estava, o pai dela explicou que ela tinha ido comprar pão( ou alguma coisa do tipo) mas que não deveria demorar, não sei o motivo, mas ficamos esperando ela voltar. O pai da menina (eu nunca tinha visto na minha vida) era uma pessoa muito simpática, ofereceu coisa pra comer e beber, ligou a televisão e tudo. Mais ou menos 30 minutos desde a nossa chegada na casa da garota, e ela ainda não tinha voltado, comecei a ficar inquieto, e depois de mais alguns minutos ela chegou. Foi engraçado ver a cara dela de espanto quando abriu a porta e viu dois marmanjos sentados no sofá da casa dela comendo e vendo televisão na maior comodidade. O diálogo foi mais ou menos assim:<br /><br />_<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_16">Oi</span>. <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_17">Disse</span> eu<br />_<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_18">Oi</span>. Ela respondeu meio sem graça<br />_Você por acaso sabe aonde ta o <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_19">Ryon</span>?<br />_ Tem alguns dias que eu não vejo ele, por que aconteceu alguma coisa?. Ela respondeu<br />_ Não, agente só ta procurando ele, e queria saber se ele não veio pra cá. Respondi<br />_ E vocês estão me esperando só pra perguntar isso?<br />_É, mas agente já ta indo embora. Respondi já me levantado e saindo pela porta.<br />-<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_20">Thau</span>.<br /><br />Depois de alcançar a rua lembrei que tinha esquecido de me despedir do pai da menina, que por sinal havia nos tratado muito bem. Enfim, voltamos 2km pra casa do <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_21">Ryon</span> para enfim saber se o diabo tinha voltado pra casa, e por incrível que pareça ele tinha voltado. Depois ele contou que estava não sei aonde, fazendo não sei o que, e por sinal eu não conhecia esse endereço onde ele tinha se metido. Ficamos o final da tarde jogando <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_22">videogame</span> com ele. Ou seja, enquanto eu poderia <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_23">simplesmente</span> ter ficado em casa jogando sozinho, eu preferi andar a tarde toda procurando o <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_24">Ryon</span> para no fim da tarde acabar fazendo a mesma coisa.<br /><br />Agora, depois de enrolar muito vem a tal festa. Conversamos e jogamos por algum tempo e descobrimos coisas interessantes:<br /><br />1- Os pais do <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_25">Ryon</span> haviam viajado, e ele estava sozinho com o a irmã mais velha o fim de semana inteiro.<br />2- Nós já <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_26">estávamos</span> cansados de ficar jogando <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_27">videogame</span>.<br />3-A irmã dele não ia ligar se nós <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_28">trouxéssemos</span> alguns amigos.<br />4- A casa era grande.<br />5- O Lucas é maluco!( isso é outra <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_29">estória</span>).<br />Depois de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_30">analizar</span> os prós e os contras resolvemos ligar pra todo mundo. A coisa saiu um pouco do controle, muita gente respondeu ao chamado. Acho que no total devia ser umas 20 pessoas.<br />Combinamos de fazer um churrasco e teríamos de comprar carne, nada que uma vaquinha ente os amigos não resolva, dinheiro vai e dinheiro vem e estávamos com a carne. Resolvemos não trazer bebida <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_31">alcoólica</span> para não piorar a situação de quase descontrole.<br /><br />Acendemos a bonita <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_32">churrasqueira</span> que havia no quintal, trouxemos toda a aparelhagem de som de dentro da casa e botamos no quintal( inclusive uma televisão veio junto, pra passar uns <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_33">clipes</span> junto com as músicas, <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_34">ideia</span> interessante por sinal). Aí surgiu um problema, o carro da família estava estacionado no meio do quintal atrapalhando toda a movimentação, mas nada que alguns menores de idade e alguns inexperientes não resolvam. Pegamos chave do carro e estacionamos o carro em outro lugar.<br /><br />Muita gente depois da organização tinha ido trocar de roupa e tomar banho,claro, em suas respectivas casas. Eu por sinal estava cansado demais pra ir em casa e fiquei por lá mesmo terminando de arrumar as coisas. Eu sei que tinha andado muito, estava cheirando mal, mas minha casa era longe e eu não queria ir lá, simplesmente entenda isso. No meio da <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_35">bagunça</span> que nós havíamos feito, achei uma arma(calma,não se <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_36">espante</span>, não era uma arma de verdade, era uma réplica de madeira de um rifle, muito bem feita por sinal, parecia de verdade) e fiquei andando com ela pela casa.<br />Aproximadamente às 8 horas da noite as pessoas começaram a voltar. Acendemos a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_37">churrasqueira</span> e botamos a carne, ligamos o som bem alto e pusemos <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_38">algums</span> <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_39">CDs</span> pra tocar. Tudo estava correndo bem, a festa estava animada, estava ficando até divertido. Eu estava feliz da vida andando pela casa com a arma que havia encontrado e assim fiquei por um tempo. Não passou muito tempo desde o início da festa e eu fui verificar a porta da casa( não sei por que, mas fui ver como estavam as coisas) e com meu rifle em punho fui para a porta da frente. ao chegar percebi um carro chegando, não era a polícia fiquei aliviado, e quando fui abrir o portão e ver quem estava chegando( pensei muitas coisas, poderiam ser os donos da casa voltando mais cedo, poderiam ser vizinhos sem lugar pra estacionar, podia ser qualquer coisa), ao me aproximar do portão fui surpreendido por um só golpe vindo de fora que abriu o portão( quase me atingindo), e do lado de fora surgiu uma mulher que eu nunca havia visto na minha vida. Pronto estava lá eu com cara de pateta, com uma arma na minha mão, e com cara de totalmente culpado, fosse qual fosse meu crime. A tal mulher partiu em disparada para dentro da casa gritando o nome da irmã do <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_40">Ryon</span>( temporariamente dono da casa), pronto era a minha chance de correr e avisar <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_41">pra</span> todo mundo que <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_42">alguém</span> tinha invadido a casa, e assim fiz correndo pelo quintal. No meio da corrida percebi algo se aproximando, e era a tal mulher de novo, e dessa vez vindo com toda a velocidade, a essa altura eu já havia deixado a arma em qualquer lugar e só queria avisar pra todo mundo acabar com a festa toda. Ela passou por mim como um foguete e foi em disparada para o <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_43">epicentro</span> da festa, e foi mais ou menos assim:<br /><br />_ Sai todo mundo daqui! <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_44">Disse</span> ela aos berros(a música estava bem alta, e ela bem descontrolada)<br /><br />Tudo parou, desligaram o som e ficamos esperando uma explicação pra tamanho escândalo. E foram chamar o pobre do <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_45">Ryon</span> para que ele resolvesse a situação.Qual foi a surpresa dele quando viu a mulher, eu estava por perto e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_46">ví</span> ele ficando de todas as cores do azul sufocante, ao branco desespero.<br /><br />_Olha o que você fez na casa dos seus pais, seu <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_47">irreponsavel</span>! Continuava a mulher aos berros<br />_ Mas... Mas... . Tentava se explicar o pobre diabo do <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_48">Ryon</span><br />_ Sai todo mundo daqui antes que eu chame a polícia pra expulsar vocês. E continuava berrando<br /><br /><span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_49">Ninguém</span> entendia nada, e a mulher gritava coisas e mais coisas, e todos esperando uma <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_50">reação</span> do tal dono temporário da casa. Até que ele explicou que a mulher era uma tia dele e que era melhor agente ir embora.<br /><br />_ Quem mexeu no carro? Esse carro não estava naquele canto. Olha o só o que vocês fizeram com a casa. Meu Deus olha a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_51">churrasqueira</span>. Continuava a mulher, agora avaliando o estrago, porém aos berros.<br /><br />Fomos embora, e conforme íamos juntando os pertences, a mulher vinha gritando, mandando que fossemos embora no mesmo instante. No meio da confusão ficamos na rua com alguns <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_52">cds</span>, um pedaço de carne meio tostado, e muitas dúvidas. Até que <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_53">alguém</span> deu falta de um violão que havia sido deixado na casa. A solução era voltar e pedir, mas havíamos sido expulsos, como pedir pra voltar?, no fim das contas <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_54">alguém</span> foi e trouxe o violão, mas é claro com a mulher gritando às suas costas.<br /><br />No fim aprendemos uma valiosa lição: " Nunca faça uma festa na casa de <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_55">alguém</span> que tenha um parente louco, que fica gritando com todo mundo".<br /><br />Ah, sim outra lição: " Se ao procurar <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_56">alguém</span> você logo não o encontrar, fuja pois as coisas vão piorar" <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_57">Eita</span>,rimou.<br /><br />Depois disso fui para casa, e a famosa festa ficou na lembrança das pessoas por dias, semanas, meses, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_58">bimestres</span>, semestres e anos. Até hoje isso me tira umas boas <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_59">gargalhadas</span>.Tiago Cervohttp://www.blogger.com/profile/05142097480137875033noreply@blogger.com16tag:blogger.com,1999:blog-865973724743409564.post-23353880293481248152008-11-23T06:47:00.000-08:002008-11-23T08:53:12.220-08:00Vespas Assassinas<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SSmCb3fSLrI/AAAAAAAAABM/kEnbZ-7d0cU/s1600-h/houdini3.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 184px; height: 289px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SSmCb3fSLrI/AAAAAAAAABM/kEnbZ-7d0cU/s200/houdini3.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5271888254077120178" border="0" /></a><br /><br /><div style="text-align: justify;">É engraçado às vezes como o ócio <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_0">transforma</span> coisas estúpidas em coisas <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_1">interessante</span><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SSmCN4uLNNI/AAAAAAAAABE/CZaMr5KVAYI/s1600-h/ist2_2028463-yellow-wasp-vector.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 146px; height: 113px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SSmCN4uLNNI/AAAAAAAAABE/CZaMr5KVAYI/s200/ist2_2028463-yellow-wasp-vector.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5271888013889844434" border="0" /></a><span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_1">s</span>. Sem nada para se distrair agente acaba sendo atraído por qualquer coisa mesmo. E é assim que começa esse episódio.<br /><br />Era o dia 11 de fevereiro de 2007, um domingo, estávamos eu, Lucas e Rodolofo no quintal da casa de Rodolfo, e tentando passar o tempo antes das aulas começarem no dia seguinte. Começamos tentando iniciar uma campanha de Rpg, o que não deu certo, pois essas coisa levam muito tempo e todos estariam atarefados apartir do dia seguinte. Mas mesmo assim tentamos começar alguma coisa naquele dia. E assim ficamos por horas e horas do dia, conversando e fazendo as fichas.<br /><br />E depois de muitas horas do início da preparação, ela apareceu, linda, brilhante, e voando?. Isso mesmo, não era uma simples pessoa, era uma linda vespa. Ficamos observando o voo da dita cuja por alguns minutos, até alguem se manifestar. Ela era muito bonita, preta com detalhe em laranja e amarelo, voava bem rápido. Não sei exatamente por qual motivo, mas ficamos encantados com o inseto, talvez por medo, ou admiração, ou até inveja ( pelo fato de nenhum dos 3 poder voar).<br /><br />E assim começou tudo. Não me lmbro exatamente, mas 1 dos 3 teve a brilhante idéia de capturar o inseto( não sei por que, mas quem nunca quis ter uma vespa de estimação). Começamos a bolar jeitos e maneiras de aprisionar a vespa, e os métodos iam desde a destruição do inseto até a captura em um balde. No fim das contas rodolfo trouxe um bamboo e tentou interceptar o animal, falhando asssim diversas vezes, pois a vespa era rápida mesmo.<br /><br />Voltamos às pranchetas para bolar uma maneira de capturar a vespa. E no meio do planejamento encontrei um pedaço de capim, e comecei a tortura, trazia o capim bem próxima à orelha de um de meus companheiros, e o desespero era instantâneo, tapas deles mesmos uns nos outros achando que a vespa estava atacando. E fiz isso vezes e mais vezes, e sempre me divertindo e rindo.<br /><br />Mas aí as coisas ficaram sérias, era hora de pôr os planos em prática. e o plano era mais ou menos assim:<br /><br />" Alguém traria um balde e quando a vespa estiver perto do chão agente acerta ela. Ela ficaria presa no balde e todos ficariam felizes( exceto a vespa que seria capturada)."<br /><br />E assim fizemos, Rodolfo trouxe o balde, Lucas ficou vendo a vespa voando ( a vespa voando, não o lucas) e eu fiquei perturbando ele com o pedaço de capim. Chegou a hora, Rodolfo esperou a posição certa da vespa, e jogou o balde. Na mosca (na verdade na vespa), acertou ela em cheio, ficamos felicícimos, gritamos e pulamos de alegria. Mas surgiu um grande problema a vespa estava dentro de um balde virado de tampa pra baixo no meio do quintal. Quem iria se arriscar para lenvantar o balde e possivelmente levar uma ferroada, como sempre ninguem se prontificou. E ficamos tentando bolar um jeito de tirar o inseto do balde e depois depositar em lugar mais apropriado.<br /><br />No fim das contas decidimos virar o balde bem rápido, e por um saco plástico na boca do balde. E ficamos encarando obalde por minutos e mais minutos tentando arruamar coragem. Até que finalmente fomos, viramos o balde de uma vez e colocamos o saco plástico, mas nem um barulho, sem movimento algum, nada mudou.Decidimos tirar o plástico aos poucos, e olhar dentro do balde, e tiramos bem devagar, com medo da vespa voar e nos acertar. E bem devagar fomos abrindo e quando finalmente conseguimos abrir, não havia nada dentro do balde, absolutamente nada, ficamos frustados, era certeza de termos aprisionado o bicho dentro do balde e de uma hora pra outra ela desapareceu. Fiquei imaginando um grande truque de mágica, como o mágico Houdini, em que o mágico simplesmente desaparece de um lugar sem explicações no mínimo razoáveis.<br /><br />E graças a essa caçada frustada ficamos entretidos por horas, até que chegou o fim do dia, e todos nos retiramos para nossos lares, com a certeza de nunca mais ver a linda vespa.<br /><br />E com isso aprendemos uma valisosa lição: " Não conte com a vespa dentro do balde, ou como ovo dentro da galinha.. alguma coisa do tipo"<br /></div>Tiago Cervohttp://www.blogger.com/profile/05142097480137875033noreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-865973724743409564.post-19450852764771013812008-11-20T08:36:00.000-08:002008-11-20T10:06:38.221-08:00Socos, Golpes e Ossos Quebrados.<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SSWSeyICtTI/AAAAAAAAAAw/JM9mp4zCj30/s1600-h/15_34.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 215px; height: 320px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_VnsfIHHWAZ4/SSWSeyICtTI/AAAAAAAAAAw/JM9mp4zCj30/s320/15_34.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5270779996456269106" border="0" /></a>Esse episódio se passou em maio em de 2008. Não acho ela uma das melhores, mas tem quem goste, e até quem ache graça.<br /><br />Por volta do dia 1 de maio de 2008, estávamos eu, Lucas e Rodolfo, como sempre andando e conversando pelas ruas. E assim ficamos por horas e horas do dia, até que alguém levanta a brilhante ideia de ir procurar o Leon, para que assim a quadrilha ficasse completa.<br />E assim fizemos, fomos todos pelo caminho da roça em direção à casa do Leon. Ao chegar, não me lembro do motivo, mas ele não podia ir andar pela rua, mas podia ficar na portaria do prédio conversando com agente, e foi exatamente o que aconteceu, ficamos conversando por algum tempo.<br />Aí que as coisas se complicaram. Não sei explicar o motivo, mas comecei a dar um socos fracos no Leon, coisa de amigo sem nada pra fazer mesmo. Também não sei porque, mas todo mundo ficou animado com isso, eu dando socos cada vez mais fortes, e ele fazendo caras e caretas, aguentado e rindo. E cada vez o pessoal ficando mais empolgado, querendo que um dos dois se machucasse. E a coisa se complicando cada vez mais, surgiram novos desafios, o diálogo foi mais ou menos assim:<br /><br />_Pode bater com força que eu não sinto dor. Pregava o Leon sendo atingido nas pernas.<br />_Cara. É melhor eu parar antes que alguém se machuque, minha mão já ta doendo. Disse eu<br />_ Não para não, continua. Diziam Lucas e Rodolfo<br />_ Pode pegar um cabo de vassoura e bater, porque eu não sinto dor. Dizia o Leon<br />_Tá maluco, vou quebrar a tua perna desse jeito. Diza eu tentando trazer sanidade a ele.<br />_Não. Pode trazer que eu não ligo. Desafiava o Leon<br />_ Ah é, então eu vou procurar e vou arrebentar essa tua perna. Dizia eu tentando colocar um pouco de medo nele.<br /><br />E fui procurar o tal cabo de vassoura, mas não encontrei. Voltei no entanto com uma pedra de uns 10 kg que encontrei, e perguntei se servia, ele é claro disse que não podia porque ia doer muito. Então combinamos de eu dar somente mais um soco, porém seria com a força total, e assim eu fui, me concentrei( na hora não me passou pela cabeça que somos feitos de um material que é quebrável, e que eu estava desafiando a física), fechei os olhos e avancei de uma vez só.<br /><br />Poucos são os sons que me fazem ficar de cabelo arrepiado, mas sem dúvida o que eu ouvi naquele instante foi um desses sons. E nunca iria conseguiu reproduzi-lo com palavras, soltei um grito bem alto e pensei:<br /><span style="font-style: italic;">_ Aconteceu alguma coisa, alguem se quebrou nessa brincadeira. Será que fui eu? Ou será que foi ele? Espero que tenha sido ele. Não tá doendo deve ter sido ele.</span><br /><br />E tentei abrir a mão, qual não foi a minha surpresa quando somente respondiam 4 dedos na minha mão. O quinto dedo, vulgo mindinho, não respondia ao comando de abrir e fechar, só ficava lá parado me encarando.Olhei ao redor e todo mundo estava parado me encarando. Minha mão estava péssima, um buraco aonde deveriam haver ossos, roxa em alguns pontos, mas dor nenhuma. Como me ensinaram desde pequeno, se não dói é porque não quebrou, mas então porque diabos eu não conseguia abrir a mão?<br />Sái em disparada para casa dizendo:<br />_Desloquei meu dedo, desloquei meu dedo!<br /><br />Cheguei um pouco desorientado em casa, com o desespero tomando lugar. Dei alguns socos na porta da sala esperando alguém abri-la. Enfim, fui ao hospital e descobri que havia fraturado a base do quinto dedo da mão direita, que essa era uma fratura comum em boxeadores, e que iria ficar "15 dias" engessado. A princípio achei o gesso confortável, era macio por dentro. E os quinze dias trasformaram-se em 1 mês, foi aí que os médicos constataram que os ossos tinham passado por uma rara complicação e que no fim das contas o osso tinha saido tudo do lugar e teria de fazer uma cirurgia pra corrigir.<br /><br />Na época eu estudava para concursos militares, e fiquei aterrorizado com a idéia de ficar reprovado por causa desse problema. Passei pela tal cirurgia e fiquei mais 1 mês engessado, o gesso que antes era confortável ficou fedorento e coçava demais. No fim de 2 meses tirei toda a parafernalha, gesso, os pedaços de ferro que davam sustentação para os ossos, os pontos e tudo mais.Me senti um novo homem, livre dos ferros, livre do gesso. No entanto, tive problemas na reabilitação, perdi muita força no braço direito, não conseguia abrir portas, nem garrafas, nem a maioria das tarefas do cotidiano.<br /><br />Pronto, fui encaminhado para uma fisioterapeuta, e lá fui me recuperando aos poucos. E hoje 7 meses depois do acidente eu ainda não consigo fechar minha mão por completo e ainda faço fisioterapia pra recuperar minha força,o mais incrível, fui informado pelos médicos que nunca mais conseguirei fechar meu dedo por completo na vida. Em uma simples brincadeira me mutilei pelo resto da vida.<br /><br />E com isso aprendi uma valiosa lição: " Nunca brinque com os seus amigos, seja uma pessoas pacífica e <span style="font-weight: bold; color: rgb(255, 0, 0);">aprenda a hora de parar</span>."<br /></div>Tiago Cervohttp://www.blogger.com/profile/05142097480137875033noreply@blogger.com11