terça-feira, 25 de novembro de 2008

Vamos fazer uma festa?

Vou contar com uma das minhas favoritas, é meio longa, mas vele a pena ler.


Num tempo muito distante, acho que em 2005 ou 2006( sei lá), eu e meu fiel escudeiro Leon( eu sei, ele tem um nome diferente,mas é gente boa pra caramba) estávamos procurando o que fazer, era dezembro, ambos estávamos de férias e cansados de jogar videogame. Fomos procurar um grande amigo nosso o Ryon( tambem tem um nome diferente eu sei, aliás se parece com Leon, mas são pessoas diferentes), na casa dele ele não estava, em qualquer dia normal eu teria desistido de procura-lo e ido fazer outra coisa, e na verdade foi exatamente o que eu fiz. Saímos eu e Leon das portas da casa do Ryon, e fomos jogar fliperama, ficamos bastante tempo jogando, até que as fichas e o dinheiro se acabaram.

E já devia ser umas 3 horas da tarde quando decidimos voltar no Ryon pra saber se ele já tinha voltado( sei lá aonde ele tinha ido). E o lafranhudo ainda não estava em casa, decidi me empenhar de corpo e alma na busca, passei mentalmente todos os endereços aonde ele poderia estar enfiado, alguns vieram rapidamente na memória e eu tratei de verificar, mas sempre era recebido com um " Não, ele não veio aqui", ou " Quem?Nunca ouvi falar.". Depois de muito tempo e suor empregados na busca, faltavam poucos lugares pra se verificar. Eu já estava exausto, tinha andado por horas e estava bastante sol( só pra se ressaltar, era verão), decidi procurar em um último endereço, uma garota que morava um pouco longe, ia ser uma boa caminhada de uns 2Km mais ou menos. Chegamos na casa da dita cuja, ela também não estava, o pai dela explicou que ela tinha ido comprar pão( ou alguma coisa do tipo) mas que não deveria demorar, não sei o motivo, mas ficamos esperando ela voltar. O pai da menina (eu nunca tinha visto na minha vida) era uma pessoa muito simpática, ofereceu coisa pra comer e beber, ligou a televisão e tudo. Mais ou menos 30 minutos desde a nossa chegada na casa da garota, e ela ainda não tinha voltado, comecei a ficar inquieto, e depois de mais alguns minutos ela chegou. Foi engraçado ver a cara dela de espanto quando abriu a porta e viu dois marmanjos sentados no sofá da casa dela comendo e vendo televisão na maior comodidade. O diálogo foi mais ou menos assim:

_Oi. Disse eu
_Oi. Ela respondeu meio sem graça
_Você por acaso sabe aonde ta o Ryon?
_ Tem alguns dias que eu não vejo ele, por que aconteceu alguma coisa?. Ela respondeu
_ Não, agente só ta procurando ele, e queria saber se ele não veio pra cá. Respondi
_ E vocês estão me esperando só pra perguntar isso?
_É, mas agente já ta indo embora. Respondi já me levantado e saindo pela porta.
-Thau.

Depois de alcançar a rua lembrei que tinha esquecido de me despedir do pai da menina, que por sinal havia nos tratado muito bem. Enfim, voltamos 2km pra casa do Ryon para enfim saber se o diabo tinha voltado pra casa, e por incrível que pareça ele tinha voltado. Depois ele contou que estava não sei aonde, fazendo não sei o que, e por sinal eu não conhecia esse endereço onde ele tinha se metido. Ficamos o final da tarde jogando videogame com ele. Ou seja, enquanto eu poderia simplesmente ter ficado em casa jogando sozinho, eu preferi andar a tarde toda procurando o Ryon para no fim da tarde acabar fazendo a mesma coisa.

Agora, depois de enrolar muito vem a tal festa. Conversamos e jogamos por algum tempo e descobrimos coisas interessantes:

1- Os pais do Ryon haviam viajado, e ele estava sozinho com o a irmã mais velha o fim de semana inteiro.
2- Nós já estávamos cansados de ficar jogando videogame.
3-A irmã dele não ia ligar se nós trouxéssemos alguns amigos.
4- A casa era grande.
5- O Lucas é maluco!( isso é outra estória).
Depois de analizar os prós e os contras resolvemos ligar pra todo mundo. A coisa saiu um pouco do controle, muita gente respondeu ao chamado. Acho que no total devia ser umas 20 pessoas.
Combinamos de fazer um churrasco e teríamos de comprar carne, nada que uma vaquinha ente os amigos não resolva, dinheiro vai e dinheiro vem e estávamos com a carne. Resolvemos não trazer bebida alcoólica para não piorar a situação de quase descontrole.

Acendemos a bonita churrasqueira que havia no quintal, trouxemos toda a aparelhagem de som de dentro da casa e botamos no quintal( inclusive uma televisão veio junto, pra passar uns clipes junto com as músicas, ideia interessante por sinal). Aí surgiu um problema, o carro da família estava estacionado no meio do quintal atrapalhando toda a movimentação, mas nada que alguns menores de idade e alguns inexperientes não resolvam. Pegamos chave do carro e estacionamos o carro em outro lugar.

Muita gente depois da organização tinha ido trocar de roupa e tomar banho,claro, em suas respectivas casas. Eu por sinal estava cansado demais pra ir em casa e fiquei por lá mesmo terminando de arrumar as coisas. Eu sei que tinha andado muito, estava cheirando mal, mas minha casa era longe e eu não queria ir lá, simplesmente entenda isso. No meio da bagunça que nós havíamos feito, achei uma arma(calma,não se espante, não era uma arma de verdade, era uma réplica de madeira de um rifle, muito bem feita por sinal, parecia de verdade) e fiquei andando com ela pela casa.
Aproximadamente às 8 horas da noite as pessoas começaram a voltar. Acendemos a churrasqueira e botamos a carne, ligamos o som bem alto e pusemos algums CDs pra tocar. Tudo estava correndo bem, a festa estava animada, estava ficando até divertido. Eu estava feliz da vida andando pela casa com a arma que havia encontrado e assim fiquei por um tempo. Não passou muito tempo desde o início da festa e eu fui verificar a porta da casa( não sei por que, mas fui ver como estavam as coisas) e com meu rifle em punho fui para a porta da frente. ao chegar percebi um carro chegando, não era a polícia fiquei aliviado, e quando fui abrir o portão e ver quem estava chegando( pensei muitas coisas, poderiam ser os donos da casa voltando mais cedo, poderiam ser vizinhos sem lugar pra estacionar, podia ser qualquer coisa), ao me aproximar do portão fui surpreendido por um só golpe vindo de fora que abriu o portão( quase me atingindo), e do lado de fora surgiu uma mulher que eu nunca havia visto na minha vida. Pronto estava lá eu com cara de pateta, com uma arma na minha mão, e com cara de totalmente culpado, fosse qual fosse meu crime. A tal mulher partiu em disparada para dentro da casa gritando o nome da irmã do Ryon( temporariamente dono da casa), pronto era a minha chance de correr e avisar pra todo mundo que alguém tinha invadido a casa, e assim fiz correndo pelo quintal. No meio da corrida percebi algo se aproximando, e era a tal mulher de novo, e dessa vez vindo com toda a velocidade, a essa altura eu já havia deixado a arma em qualquer lugar e só queria avisar pra todo mundo acabar com a festa toda. Ela passou por mim como um foguete e foi em disparada para o epicentro da festa, e foi mais ou menos assim:

_ Sai todo mundo daqui! Disse ela aos berros(a música estava bem alta, e ela bem descontrolada)

Tudo parou, desligaram o som e ficamos esperando uma explicação pra tamanho escândalo. E foram chamar o pobre do Ryon para que ele resolvesse a situação.Qual foi a surpresa dele quando viu a mulher, eu estava por perto e ele ficando de todas as cores do azul sufocante, ao branco desespero.

_Olha o que você fez na casa dos seus pais, seu irreponsavel! Continuava a mulher aos berros
_ Mas... Mas... . Tentava se explicar o pobre diabo do Ryon
_ Sai todo mundo daqui antes que eu chame a polícia pra expulsar vocês. E continuava berrando

Ninguém entendia nada, e a mulher gritava coisas e mais coisas, e todos esperando uma reação do tal dono temporário da casa. Até que ele explicou que a mulher era uma tia dele e que era melhor agente ir embora.

_ Quem mexeu no carro? Esse carro não estava naquele canto. Olha o só o que vocês fizeram com a casa. Meu Deus olha a churrasqueira. Continuava a mulher, agora avaliando o estrago, porém aos berros.

Fomos embora, e conforme íamos juntando os pertences, a mulher vinha gritando, mandando que fossemos embora no mesmo instante. No meio da confusão ficamos na rua com alguns cds, um pedaço de carne meio tostado, e muitas dúvidas. Até que alguém deu falta de um violão que havia sido deixado na casa. A solução era voltar e pedir, mas havíamos sido expulsos, como pedir pra voltar?, no fim das contas alguém foi e trouxe o violão, mas é claro com a mulher gritando às suas costas.

No fim aprendemos uma valiosa lição: " Nunca faça uma festa na casa de alguém que tenha um parente louco, que fica gritando com todo mundo".

Ah, sim outra lição: " Se ao procurar alguém você logo não o encontrar, fuja pois as coisas vão piorar" Eita,rimou.

Depois disso fui para casa, e a famosa festa ficou na lembrança das pessoas por dias, semanas, meses, bimestres, semestres e anos. Até hoje isso me tira umas boas gargalhadas.

16 comentários

Ricardo Pato disse...

hauhauahuahauhauhauha

legal o texto

parabens pelo blog

Flá Romani... disse...

Eu gosto muito de blogs que falam do cotidiano, ou do sentimento da pessoa e etc....

gostei muito do seu !!!!!

Parabéns

RJ disse...

caraca, assunto para uns tres posts: "Procurando Ryon", "Quase festa do barulho" e "fujam que a louca vem aí"...

heheh!!! rí demais !!

abraços e parabens pelo blog!

Caio Cavalcanti disse...

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK, ADOROOOOO !

Marcelo disse...

Tem que rir sempre disso mesmo, haja gargalhadas hauhauahuhaha

Muito bom.

http://papodomarcelo.blogspot.com/

Neuro-Musical disse...

auhahhuahuahu
vc tem mto senso de humor kra, mas tbm eh um seem nada pra fazer ahuhuauhauh

www.centralldamusica.blogspot.com

Unknown disse...

shduahduahudhasudh

Essas histórias davam um filme...

caraca, assunto para uns tres posts: "Procurando Ryon", "Quase festa do barulho" e "fujam que a louca vem aí"... [2]

Muito legal, o blog!

Frankulino disse...

Cara, gostei do conto, mas achei a confusão dos nomes meio que desnecessária... E a progressão ficou meio travada, mas tá bom sim, parábens pelo blog... É diferente


www.maisdeumahora.blogspot.com

Unknown disse...

Ô, que história ...
kkkk
Massa!

Jota disse...

texto maior q meu pau naum gostei

Jota disse...

to lendo ainda txto naum um livro
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Anônimo disse...

Bem legal o texto, Adorei.

Anônimo disse...

Bom texto, legal seu blog =]
abraço

Bruno Becker disse...

Porra, que dia... o___o... boa sorte nos seus contos.

Ananda Andrade disse...

Diferente teu blog.
Gostei, parabéns.
;)

Anônimo disse...

Se é cotidiano, é do dia-a-dia, certo?
Abraço

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